quinta-feira, 31 de maio de 2007

Carlos Eduardo é Seleção (GRÊMIO 2x0 SANTOS, Libertadores 2007, semifinal, Estádio Olímpico, 30.05.2007, 21h45min)

Na semifinal da Libertadores o time de Mano enfrentaria um desafio diferente: o de jogar para obter a vantagem no 1.º jogo. Em todas as competições e fases anteriores o Grêmio teve a vantagem de decidir no 2.º jogo em casa, para lutar pelo resultado salvador (o que acabou ocorrendo em TODAS as ocasiões neste ano). Só que o adversário, em decorrência do formulismo, seria o Santos de Wanderley Luxemburgo e Zé Roberto, este o melhor jogador em atividade no país. Na véspera da partida no Estádio Olímpico, Pelé deu entrevistas nas quais divulgou o seu temor pelo time do Grêmio, tido como o mais perigoso adversário dos santistas.



Seja como for, Mano mandou a campo o melhor disponível (com a camisa tricolor 2007); Tcheco foi dúvida até instantes do jogo, mas o cara tinha de jogar na primeira partida da decisão, pois sua participação em jogos no Olímpico é decisiva, de modo que se pode cogitar de sua não escalação apenas nos jogos fora de casa. Lucas, ainda em recuperação, não ficou nem no banco. Na véspera do jogo, Dunga convocou Carlos Eduardo para a pré-Seleção que jogará na Copa América; e no dia do jogo, noticiou-se a venda de Anderson do Porto ao Manchester United.

Como perdemos o lugar para um desembargador, acabamos ocupando, pela primeira vez, os nossos próprios assentos e vimos o Grêmio atacar no 1.º tempo bem de longe. Mas também teve bastante jogo do nosso lado, pois o Santos é um bom time (do meio para frente) e não deixou o Grêmio imprimir o tradicional ritmo dos jogos em casa. Saja fez uma baita defesa lá pelos 15 min, espalmando para escanteio um chute forte pelo lado direito do ataque santista na grande área. A marcação gremista, no entanto, estava em dia, de modo que aos poucos o ataque santista passou a não preocupar mais.

Até que aos 30 e poucos minutos, Diego Souza é derrupado na área por Ávalos e o juiz marcou pênalti. O capitão Tcheco encarregou-se, então, de abrir o placar.



Ainda comemorávamos quando Adaílton (valeu Vinícius) falhou na frente da grande área, e a bola sobrou para o sempre esperto Carlos Eduardo (esse cara joga sempre pra frente), que dominou, correu com a bola, esperou a saída do goleiro, e tocou com tranqüilidade para o gol.

Para o 2.º tempo, Wanderley promoveu alterações mas o Santos não teve sucesso nas suas investidas ofensivas. Ficou claro que a defesa santista é bastante limitada. A marcação gremista foi fundamental, pois as chances acabaram se resumindo aos contra-ataques - e várias oportunidades foram desperdiçadas, notadamente por Tuta (nesse jogo achei que o centroavante, que já tem a titularidade contestada por alguns, poderia ter dado lugar ao Amoroso). Gavilán compensou a pouca qualidade nos passes com marcação severa, assim como Sandro Goiano. Diego Souza não jogou tanto em relação aos jogos anteriores e foi substituído por Edmílson por lesão. Patrício e Lúcio não jogaram muito no ataque, exercendo funções eminentemente defensivas. Pelo lado do Santos, o destaque negativo foi o goleiro Fábio Costa, conforme o vídeo a seguir:



Nessas condições ficou fácil levar o jogo até o final sem maiores sustos. Durante a transmissão da emissora de TV ficou evidente que o narrador e o comentarista "descobriram" o que já conhecemos há anos: a torcida gremista e o preparo físico invejável (cortesia do Flávio Trevisan).



Mais uma vez, então, o Grêmio fez o resultado que lhe era exigido em jogo no Estádio Olímpico. Para passar às finais da Libertadores 2007, o Grêmio pode perder por 1x0 ou empatar por qualquer placar.

GRÊMIO 2x0 SANTOS

GRÊMIO: Saja; Patrício, Teco, William e Lúcio; Sandro, Gavilán, Diego Souza (Edmílson, 34min 2ºt) e Tcheco (Ramon, int.); Tuta e Carlos Eduardo. Técnico: Mano Menezes.

SANTOS: Fábio Costa; Alessandro (Tabata, int.), Adaílton, Ávalos e Kléber; Rodrigo Souto, Maldonado, Cléber Santana (Moraes, 19min. 2ºt), Zé Roberto; Jonas (Pedrinho, int.) e Marcos Aurélio. Técnico: Wanderley Luxemburgo.

Gols: Tcheco (G), aos 34 minutos e Carlos Eduardo (G), aos 36 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Patrício, Sandro, Lúcio (G); Ávalos, Tabata (S).
Arbitragem: Sergio Pezzotta, com Rodolfo Otero e Juan Rebollo (trio argentino da Fifa). Renda: R$ 1.115.860.
Público: 46.123 torcedores (44.646 pagantes).

quinta-feira, 24 de maio de 2007

A vitória do Grêmio atacador (Grêmio (4)2x0(2) Defensor/URU, Libertadores 2007, Estádio Olímpico, 23.05.2007, 19h15min)

Em todos os jogos decisivos contra Caxias, Juventude, Cerro Porteño e São Paulo, eu acreditei - e, sobretudo, tinha a convicção de - que o Grêmio faria (no mínimo) o resultado exigido para classificação/título (4x0, vitória simples, 1x0 e 2x0). Mas contra o Defensor do Uruguai eu duvidei que o Grêmio conseguiria passar para as semifinais da Libertadores. A busca por ingressos não foi tão frenética quanto das outras vezes, e até a agitação e gritaria da geral não parecia tão enfática e ruidosa quanto de costume.

E assim, com baixa expectativa, mas esperançoso, é que me encontrei com meu pai no caminhão da TV, perto do P3, pouco mais de meia-hora antes da bola rolar (o horário das 19h15 exigiu uma boa ginástica), e nos posicionamos atrás da linha de fundo perto da geral.

Mano repetiu a escalação do meio-campo com Gavilán e Sandro Goiano, e colocou Amoroso no lugar que seria de Diego Souza (expulso no jogo de ida). Saja foi dúvida até instantes do jogo, em razão da colisão com o atacante do Defensor que fez o 2.º gol dos uruguaios no Centenário.

O Defensor se mostrou a equipe com melhor catimba das que se apresentaram no Olímpico. Os caras jogavam quando estavam com a bola, e não jogavam quanto a bola estava parada (todas as reposições de bola eram uma eternidade, mas não havia ninguém para levar cartão amarelo, pois não havia um jogador catimbando - todos os uruguaios catimbavam simultaneamente). Dessa forma, o Grêmio não conseguiu impor aquele volume de ataque massacrante.

Nessas condições, apenas um lance de sorte poderia proporcionar a movimentação no placar. Assim, Tcheco cobrou falta de fora da área e venceu o goleiro.



O jogo continuou difícil, e a defesa gremista ainda se ressentiu de dificuldades na bola aérea (que fora fatal no jogo anterior).

Mas bem no final do 1.º tempo, a bola sobrou para Teco que liquidou a vantagem do Defensor.



O Grêmio tinha todo o 2.º tempo pela frente para não levar gol e fazer o terceiro para comemorar mais uma classificação. Mas os uruguaios conseguiram levar a disputa para as penalidades, e para isso contaram com a ajuda do árbitro paraguaio que deixou de marcar 3 pênaltis a favor do Grêmio (meu pai contabilizou 4, mas parece que só um, contra o Carlos Eduardo, foi manifesto).

Os uruguaios erraram as duas primeiras cobranças e facilitaram a tarefa dos gremistas, que acertaram suas 4 oportunidades: Patrício, Lúcio, Douglas e Ramón. Este havia entrado no lugar de Tuta e nem acreditamos quando o cara foi chamado por Mano para as instruções. Mas Ramon fez valer a confiança nele depositada e foi determinante para a classificação, motivo pelo qual merece o último destaque.



Tendo em vista o regulamento novo da Libertadores 2007, a fim de evitar uma terceira final consecutiva entre times brasileiros, o Grêmio não enfrentará o Boca Juniors e sim o Santos de Luxemburgo, sendo que o primeiro jogo será no Estádio Olímpico na próxima quarta.

GRÊMIO: Saja; Patrício, William, Teco, Lúcio; Sandro Goiano, Gavilán (Douglas), Tcheco (Ramon); Amoroso, Carlos Eduardo, Tuta (Éverton). Técnico: Mano Menezes.

DEFENSOR: Martín Silva; Cáceres, Martínez, Sorondo (Lamas) e Ariosa; Pereira, Fadeuille, Amado (Diaz) e De Souza; Fernández(Vila) e Peinado. Técnico: Jorge Luiz da Silva.

Arbitragem: Carlos Amarilla (Paraguai), Manuel Bernal e Emigdio Ruiz (ambos do Paraguai)
Cartões amarelos: Tcheco, Sandro Goiano e Patrício (G); Martínez, Pereira, Díaz e Fernández (D).
Cartão vermelho: Amoroso (G); Díaz (D).
Gols: GRÊMIO: Tcheco, aos 22 minutos e Teco, aos 45 minutos do primeiro tempo
Nos Penaltis: GRÊMIO: Patrício, Lúcio, Douglas e Ramón DEFENSOR: De Souza e Pereira

domingo, 20 de maio de 2007

Grêmio 2x0 Fluminense (Brasileirão 2007, 2.ª rodada, Estádio Olímpico, 20.05.2007, 18h10min)

PARANÁ 3x0 GRÊMIO - (1.ª rodada)

O Marcelo bem disse que o Grêmio sempre leva uma goleada do Paraná, e com os reservas provavelmente as coisas não seriam diferente. E não o foram, de fato. Todos os que entraram em campo já atuaram na equipe principal e por uma razão ou outra não se firmaram como titulares, de modo que o time reserva é limitado tecnicamente.
Assim, Schiavi e Galatto falharam, e o Paraná fez o 1.º; Jucemar derrubou um atacante adversário dentro da área, e o Paraná fez o 2.º; mais adiante, um atacante do Paraná tocou na saída de Galatto. 3x0.

PARANÁ: Flávio; Toninho, Daniel Marques, Luiz Henrique e Léo Matos; Xaves, Adriano, Joelson (Lima) e Márcio Careca (Everton); Vinícius Pacheco (Renan) e Josiel. Técnico: Zetti.

GRÊMIO: Gallato; Gavilán, Schiavi, Pereira e Bruno Teles; Nunes, Willian Magrão (Jucemar), Itaqui e Ramon; Everton e Douglas (Adilson). Técnico: Mano Menezes

Brasileirão 2007 - 1ª rodada do 1º turno - 13/05/2007.
Local: Estádio Durival Brito, em Curitiba, Paraná. Horário: 16h.
Arbitragem: Elvecio Zequetto, auxiliado por Paulo Cesar de Freitas e Alécio Aparecido Lezo (trio de MS).
Cartões Amarelos: Adriano (P); Bruno Teles, Schiavi, Jucemar (G)
Gols: Josiel, aos 29 minutos do primeiro tempo e aos 25 minutos do segundo tempo, Lima, aos 37 minutos do segundo tempo.


GRÊMIO 2x0 FLUMINENSE - (2.ª rodada)

No dia que Romário finalmente marcou o seu gol 1000 (de pênalti, contra o Sport em São Januário), o Grêmio venceu o Fluminense de Renato "o homem-gol de Bento" Portaluppi por 2x0, pela 2.ª rodada do Brasileirão 2007. Todos estão mobilizados para o jogo da próxima quarta-feira pela Libertadores 2007 contra o Defensor (no qual tem que vencer por 2 gols para levar a decisão para os pênaltis ou por 3 gols para se classificar para as semifinais), de modo que o público foi modesto (não muito mais do que 15mil pessoas), e foi fácil chegar aproximadamente meia-hora antes do apito inicial e se posicionar à direita das cabines de rádio.

Em que pese isso, Mano resolveu colocar o que tinha de melhor em campo; apenas os lesionados ou em recuperação foram poupados. Assim, insistiu-se em Gavilán e Sandro como volantes, em atenção a uma pretensa maior facilidade na saída de jogadas, e testou-se a escalação de 3 jogadores ofensivos: Amoroso-Tuta-Carlos Eduardo. Pelo lado do Fluminense, Renato (muito aplaudido no Estádio, assim como Roger) escalou um time de reservas em atenção à decisão da Copa do Brasil.

Vimos o Grêmio atacar (pouco) de longe no 1.º tempo. O Fluminense não jogou absolutamente nada (Marcelo Grohe só foi acionado uma vez, e correspondeu), mas o time de Mano também não teve nenhuma inspiração; a partida se desenvolveu, pois, predominantemente no meio-campo. O único destaque foi Carlos Eduardo, que realmente jogou muito. O cara recebia todas as bolas no ataque e sempre partia para cima da defesa do time carioca, mas sem assistência dos demais companheiros as jogadas não resultavam em finalizações. Gavilán esteve péssimo, e Sandro Goiano não foi muito melhor. Bruno Teles aproveitou a oportunidade e se mostrou bem no apoio. Tcheco apareceu muito pouco, assim como Amoroso (este só teve uma jogada boa, numa arrancada antes do 1.º gol). Nesses termos, o 1.º gol, quase no final do 1.º tempo, foi marcado merecidamente pelo Carlos Eduardo, que comemorou bastante, aproveitando passe de Tcheco, quase na pequena área.

O Grêmio voltou muito melhor para o 2.º tempo; Gavilán começou a acertar algumas jogadas, e no geral os lances se desenvolviam com maior velocidade. Diego Souza entrou no lugar de Amoroso, que rendeu pouco. Aos 28min, Tuta fez o seu gol em jogada típica de centroavante artilheiro, na pequena área. A partir daí foi só controlar o resultado.



Agora as atenções se voltam, definitivamente, para o jogo da próxima quarta-feira pela Libertadores, no qual se decidirá o sucesso do 1.º semestre.

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Patrício, William, Teco e Bruno Teles; Gavilán (Nunes), Sandro Goiano, Tcheco, Amoroso (Diego Souza) e Carlos Eduardo (Ramón); Tuta. Técnico: Mano Menezes.

FLUMINENSE: Fernando Henrique; Anderson (Thiago Neves), Luiz Alberto e Roger; Rafael, Maurício, David, Carlos Alberto e Ivan; Lenny (Rafael Moura) e Rodrigo Tiuí (Alex Terra). Técnico: Renato Portaluppi.

Árbitro: Alicio Pena Júnior (Fifa-MG), Guilherme Dias Camilo e José Carlos de Souza (ambos de MG)
Cartões amarelos: Gavilán, William (G), Rafael, Roger, Carlos Alberto, Maurício (F)
Gols: Carlos Eduardo, aos 39 minutos do primeiro tempo; Tuta, aos 28 minutos do segundo tempo

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Ainda a bola aérea (DEFENSOR-URU 2x0 GRÊMIO, Libertadores 2007, 16.05.2007, 19h30min, Estádio Centenário, Montevidéu/URU)

O Defensor, adversário do Grêmio nas oitavas-de-final, não tem torcida expressiva em comparação ao Peñarol ou o Nacional; mas defende um retrospecto excelente nos jogos em que detém o mando de campo (3 vitórias em 4 jogos, todas por 3x0). O perigo do adversário tricolor se revelou especialmente nas oitavas, quando os uruguaios desclassificaram o Flamengo.

Mano escalou Nunes e Gavilán nos lugares de Edmílson (machucado) e Sandro Goiano. Uma postura ofensiva do Defensor (!) era, pois, esperada. Mas ninguém esperava que logo aos 50s, no primeiro ataque, os uruguaios fizessem o 1.º gol, em mais uma tradicional falha da defesa gremista na bola aérea. Alguns jogadores se mostraram bastante nervosos após o gol, dentre os quais Teco. O Defensor dominou o jogo por 30min. Gonzalez foi expulso por pé alto que atingiu a cabeça de Carlos Eduardo. A partir daí o Grêmio conseguiu algumas jogadas no ataque e desperdiçou uma chance incrível com William, salva em cima da linha pelo goleiro Martín Silva. No final do 1.º tempo, o Grêmio já se mostrava melhor em campo, mas aos 42min, nova bola aérea e nova falha da defesa; Martínez dividiu no alto, sem marcação, com Saja e levou a melhor.

Depois do intervalo, o Grêmio entrou com Amoroso no lugar de Nunes. No decorrer do jogo, Mano promoveu outras alterações na equipe, mas nada que fosse suficiente para concretizar em gols. No final do jogo, Diego Souza, que tem sido o jogador mais eficiente nos últimos jogos, foi expulso e ficará de fora do jogo decisivo da próxima quarta-feira.

Assim, o Grêmio terá que operar mais um jogo heróico no jogo de volta, no qual terá que vencer por 3x0 para se classificar, ou por 2x0 para levar para a disputa de pênaltis. É imperioso, pois, não levar gols no próximo jogo. Que o Mano saiba fazer os treinos secretos para corrigir o problema da bola aérea.

DEFENSOR 2x0 GRÊMIO

DEFENSOR: Martín Silva; Cáceres, Sorondo e Martínez; González, Pereira, Fadeuille e Diego de Souza (Diaz, 31/2º); Mauro Vila (Fernandez, 20/2º), Peinado e Morales (Amado, 44/1º). Técnico: Jorge da Silva.

GRÊMIO: Saja; Patrício, William, Teco e Lúcio; Nunes (Amoroso, int.), Gavilán, Diego Souza e Tcheco; Carlos Eduardo (Everton, 30/2º) e Tuta (Ramon, 37/2º). Técnico: Mano Menezes.

Gols: Sorondo (D), aos 50 segundos, e Martínez (D), aos 42 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Teco, Tcheco, Everton (G); González, Diego de Souza, Fernandez, Martín Silva (D).
Expulsão: González (D) e Diego Souza (G), após ao jogo.
Arbitragem: Rubén Selman, auxiliado por Rodrigo González e Patricio Basualto (trio chileno).
Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (URU).

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Diego Souza é pura raça (GRÊMIO 2x0 SÃO PAULO, Libertadores 2007, Estádio Olímpico, 09.05.2007, 21h45min)

Diego Souza é pura raça. Dito isso, segue-se que o Grêmio não teve tempo para comemorar o bi-campeonato gaúcho, pois o time de Mano ainda precisaria vencer o São Paulo de Muricy "aqui-tem-trabalho" Ramalho por uma diferença de 2 gols para se classificar às quartas-de-finais da Libertadores 2007.

O jogo reuniu praticamente o mesmo público do jogo do domingo passado, com a diferença da chegada do frio outonal. Chegamos com aproximadamente uma hora de antecedência e nos posicionamos, mais uma vez, à direita das cabines de rádio. Nota lamentável foi o falecimento de um cara que caiu no fosso antes do jogo (mas só viemos a saber disso no dia seguinte, pela imprensa).



O jogo iniciou bastante equilibrado, mantendo-se prevalentemente no meio-campo com alguma vantagem para os paulistas. Mas eu sabia que quando o Grêmio desse a primeira chegada ao gol de Rogério Ceni, com um arremate qualquer, os ataques ficariam mais freqüentes e as chances de gol mais claras. Assim, Tuta teve duas oportunidades para marcar. E aos 17min, após cobrança de falta de Lúcio pela esquerda, a bola sobrou para Tcheco, livre de marcação, chutar forte e marcar o 1.º gol:



A partir daí, o time de Muricy "futebol-é-coisa-de-louco" Ramalho passou 10 a 15 minutos atacando o Grêmio com muita velocidade, causando aflição no Estádio. Apareceu, então, a catimba argentina do grande Saja: o goleiro afastou de soco um cruzamento na área e caiu sobre um atacante do São Paulo; foi o que bastou para uma bela paralisação de 5min, e os paulistas não atacaram mais por um bom tempo até o final da 1.ª etapa. Nunca tinha visto uma catimba funcionar com tanta eficiência.

Antes, porém, do fim do 1.º tempo, Tcheco se lesionou, tentou voltar, mas não deu: Gavilán, então, foi acionado. Ainda não estou convencido suficientemente que o cara tenha jogado alguma coisa - a mim parece que o paraguaio está sempre mal posicionado e tem um domínio precário da bola, além de dar passes errados. Talvez mude de opinião vendo um jogo pela TV (o nosso esquema de gravação desse jogo não funcionou, mais uma vez em razão de problemas com a "pecinha").

Após o intervalo, Muricy "já-sei-o-que-tu-tá-querendo-dizer-não-vem-com-essas-paiaçada" (sic) Ramalho promoveu duas alterações na sua equipe, fazendo ingressar Jorge Wagner e o perigosíssimo Dagoberto. Pois o São Paulo dominou o Grêmio: o meio-campo gremista perdia todas as divididas e todas as bolas respingadas (tipo cobrança de tiro de meta, ou chutões de dentro da área). Para fim ficou visível a falta que fez o Tcheco, pois as jogadas não tinham com quem sair, sobretudo diante da atuação pequena de Sandro Goiano.

A atitude de Mano era previsível e na hora certa (aproximadamente 20min), após uma sessão de ataques em alta velocidade do São Paulo, Amoroso entrou em campo no lugar de Sandro. O Grêmio conseguiu, então, uns contra-ataques bem perigosos, inclusive com gols perdidos por Amoroso e Lúcio.

Diego Souza, então, assumiu a condução da equipe - o cara tem um baita controle de bola e muita raça, dividindo, vencendo as divididas, e partindo com a bola sempre em direção ao ataque. Não foi por acaso, então, que o volante (!) marcou o gol da clasificação, após uma aparada de Amoroso.

A partir daí o negócio era não ter mais jogo, e Mano sacou Carlos Eduardo em favor de Schiavi para se defender ao máximo. Mesmo assim, o São Paulo ainda teve uma chance clara de gol, num chute por sobre a meta de Saja. A partida seguiu por mais alguns instantes até o apito final:



Próximo fim-de-semana já começa o Brasileirão 2007, numa partida fora de casa contra o Paraná, na qual devem ser poupados vários titulares para a próxima fase da Libertadores 2007 contra o Defensor-URU, que por sua vez despachou o Flamengo.

GRÊMIO 2x0 SÃO PAULO

GRÊMIO: Saja; Patrício, Teco, William e Lúcio; Edmílson, Sandro Goiano (Amoroso), Tcheco (Gavilán) e Diego Souza; Carlos Eduardo (Schiavi) e Tuta. Técnico: Mano Menezes.

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Ilsinho, Alex Silva, Miranda, Jadilson (Dagoberto); Richarlyson, Josué, Souza, Hugo (Jorge Wagner); Aloísio e Leandro (Marcel). Técnico: Muricy Ramalho.

Árbitro: Carlos Chandia (Chile), Jorge Osório e Manuel Rodriguez.
Cartões Amarelos: Miranda, Souza, Aloísio (SPO); William, Tuta e Diego Souza (GRE)
Gols:
Gols: Tcheco aos 17 minutos do primeiro tempo e Diego Souza aos 30 minutos do segundo tempo.

domingo, 6 de maio de 2007

GRÊMIO CAMPEÃO GAÚCHO 2007 (Grêmio 4x1 Juventude, Estádio Olímpico, 06.05.2007, 16h)



Domingo passado, no Bate Bola, após o empate de 3x3 no primeiro jogo da final do Gauchão 2007, o David Coimbra disse que o título seria do Grêmio com tranqüilidade, ou seja, a tarefa do time de Mano era uma barbada (vencer por qualquer placar, ou empatar em 0x0, 1x1 ou 2x2).

Pois foi exatamente isso, uma barbada.

Chegamos ao Estádio faltando menos de meia hora para o apito inicial, e a surpresa foi o movimento sossegado na Av. Getúlio Vargas e na Av. José de Alencar. Posicionamo-nos bem à direita das sociais, num lugar razoável atrás da linha de fundo, mas assistimos de longe aos ataques do Grêmio no 1.º tempo.

O Juventude deu início ao jogo e tentou partir para cima, afinal só a vitória interessava. Mas não demorou e em instantes o Grêmio impôs o ritmo de jogo que quis, criando já boas chances (principalmente uma com o Diego Souza). Quando eu achava que seria bom para o Grêmio marcar um gol no 1.º tempo, para não complicar as coisas depois do intervalo, aos 15 min, a bola sobrou para Tcheco na entrada da grande área; o capitão se livrou da marcação e deu um chutaço no ângulo de André. Muita vibração do artilheiro gremista (o cara tá curtindo essa temporada de goleador).

Nem com o resultado adverso o time visitante conseguiu criar perigos ao título do Grêmio. E as coisas não se modificaram nem no 2.º tempo, pelo contrário; com chuva e tudo, o time de Mano teve até mais facilidades e mais chances. Ivo Wortmann tentou de tudo com as alterações na sua equipe, mas ficou bastante evidente a superioridade técnica do Grêmio sobre o Juventude.

Atacando para a goleira que estava na nossa frente, aos 3min, Diego Souza marcou um golaço, praticamente de bicicleta. Mais adiante, Tcheco (tal qual centroavante) fez o 3.º gol na raça, e Lúcio fechou a goleada com um autêntico gol espírita - o cara estava quase na linha de fundo e o que era para ser um cruzamento fechado na pequena área, acabou que a bola foi bem no cantinho esquerdo do goleiro. O Juventude fez o gol de honra, após cobrança de escanteio na qual ninguém pulou, numa das já tradicionais e ridículas rateadas da defesa tricolor.

Entre os gols, o Grêmio teve inúmeras oportunidades de ampliar ainda mais o escore. Destaque para duas bolas na trave e uma cobrança de pênalti grosseiramente desperdiçada por Tuta (pessoalmente foi uma pena, pois filmei todo o lance, e o gol de pênalti compensaria todos os outros 4 gols que eu não consegui filmar).



Conquanto eu ache que o Gavilán não anda jogando nada (diferentemente da opinião do meu pai), o paraguaio foi responsável por boas jogadas no ataque. Diego Souza confirmou a boa fase dos últimos jogos. Embora a zaga continue falhando - e das falhas resultam os gols sofridos contra o São Paulo e Juventude - não há dúvidas de que Schiavi garantiu de vez o seu lugar no banco em favor da titularidade de Teco. Lúcio teve atuação destacada. Tcheco matou a pau. Edmílson mostrou-se firme na maioria das vezes, e Sandro Goiano deu consistência ao meio-campo, com alguns bons passes de meia distância, e liberando Diego Souza e Tcheco para a armação das jogadas. Legal de tudo isso é que Lucas, machucado, não tem feito falta, o que signfica que o Grêmio tem boas peças de reposição em algumas posições. Estou bastante satisfeito com relação ao Saja, embora tenham surgido críticas após o jogo em Caxias do Sul. Carlos Eduardo, que aparentemente tem sondagens para jogar na Alemanha, s.m.j., não apareceu tanto.

A torcida do Juventude foi embora e a bola rolou sempre nos pés do Grêmio até o apito final. A vitória coroou uma campanha irrepreensível do time de Mano, que desde o início do campeonato se manteve na ponta de cima da tabela, com grandes atuações e grandes vitórias.



Pouco tempo para comemorar. contudo, pois o jogo decisivo pela Libertadores contra o São Paulo já é nessa quarta-feira, 09.05.2007.



GRÊMIO 4x1 JUVENTUDE

GRÊMIO: Saja; Gavilán (Nunes), William, Teco e Lúcio (Bruno Teles); Edmilson, Sandro, Diego Souza e Tcheco; Carlos Eduardo (Ramon) e Tuta. Técnico: Mano Menezes.

JUVENTUDE: André; Ricardo (Veiga), Ederson, Fabrício e Márcio Azevedo; Radamés, Lauro, William (Júlio César) e Paulo Ramos (Gabriel); Cristiano e Da Silva. Técnico: Ivo Wortmann

Arbitragem: Carlos Eugênio Simon, auxiliado por Altemir Hausmann e Marcelo Bertanha Barison

Gols: Tcheco, aos 15 minutos do primeiro tempo; Diego Souza, aos três, Tcheco, aos 16, Lúcio, aos 23, e Gabriel, aos 32 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Ederson, Márcio Azevedo e Radamés (Juventude); Carlos Eduardo e Gavilán (Grêmio)
Público: 47.676 pagantes
Renda: R$ 614.480,00

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Mais uma decisão em casa (SÃO PAULO 1x0 GRÊMIO, Libertadores 2007, 02.05.2007, 21h45, Morumbi, São Paulo/SP)

O Grêmio iniciou a série de 4 jogos decisivos no domingo, 29.04, no Jaconi, contra o Juventude; empate de 3x3 que credencia o Grêmio como favorito ao título do Gauchão. O time de Mano esteve duas vezes na frente, mas cedeu os empates e a virada ao time de Ivo Wortmann (falou-se, até, em falhas de Saja nos chutes de fora da área do Ju), mas no final do jogo, Tuta fez o gol de empate.

Na quarta-feira, 02.05.2007, o Grêmio teve um bom primeiro tempo contra o São Paulo de Muricy. Marcou com mais firmeza e teve as melhores chances de gol. Previamente ao jogo, falou-se muito nas estréias de Dagoberto (pelo SP) e Amoroso (pelo Grêmio), mas os dois entraram em campo apenas no 2.º tempo. Pois o estreante do São Paulo entrou no intervalo e desequilibrou o jogo em favor dos paulistas. A defesa gremista não conseguiu contê-lo, e após saída de Sandro Goiano para entrada de Gavilán, o São Paulo marcou o gol da vitória numa cobrança de escanteio que sobrou para Miranda, livre de marcação, chutar fora do alcance de Saja. Dagoberto fez um golaço, mas impedido por questão de centímetros (minha convicção é a de que o bandeirinha resolveu assinalar o escanteio e deu sorte).

O resultado não foi de todo ruim. Evidentemente que um empate seria muito melhor, mas basta ao Grêmio vencer por diferença de 2 gols para obter classificação (a Gaúcha e a ZH divergem quanto a validade do gol qualificado fora de casa como critério de desempate).

Mas antes tem Juventude, pela final do Gauchão, no Estádio Olímpico.

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Ilsinho (André Dias, 41'/2º), Alex Silva, Miranda e Jadílson; Josué, Richarlyson, Souza e Hugo; Leandro (Dagoberto, intervalo) e
Aloísio (Marcel, 41'/2º). Técnico: Muricy Ramalho

GRÊMIO: Saja; Patrício, William, Teco e Lúcio; Edmílson, Sandro (Gavilán, 12'/2º), Diego Souza e Tcheco; Carlos Eduardo (Amoroso, 21'/2º) e Tuta (Everton, 40'/2º). Técnico: Mano Menezes

Gol: Miranda (SP), a 13 minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Aloísio, Hugo, Josué, Jadílson (SP), William, Tuta, Tcheco, Gavilán (G)
Arbitragem: Wagner Tardelli, auxiliado por Aristeu Tavares e Hilton Rodrigues.
Público: 33 403 (33397 pagantes)

Grêmio 3x0 Sport (Série B, 31.ª rodada, Arena do Grêmio, 20.09.2022, 19:00)

 Com Renato de volta à casamata gremista, e após a vitória contra o Vasco, a expectativa era de como o Grêmio se portaria nos jogos fora de ...