Após o empate histórico contra o Fluminense, o Grêmio saiu para duas partidas fora-de-casa. O primeiro foi contra o Figueirense (22/07). Galatto, de atuação contestada, foi barrado para fazer exames e cedeu lugar para Marcelo Grohe. O pacto de não-expulsão foi quebrado logo no início de jogo; dessa vez foi Escalona quem recebeu o cartão vermelho. A partir daí não foi difícil para o Figueirense fazer 2x0 no tricolor.
O jogo seguinte foi o Gre-nal (30/07). O Inter, envolvido com a semi-final da Libertadores contra o paraguaio Libertad, mandou a campo uma equipe de reservas. O empate em 0x0, com domínio técnico do Grêmio, ficou em segundo plano. Desde o início do jogo, alguns baderneiros postados no espaço destinado à torcida do Grêmio promoveram um festival de barbaridades. Os caras não estavam satisfeitos em brigar com os torcedores do Inter - quase derrubaram uma cerca de proteção, enfrentaram a brigada (que quase apanhou, não fosse o apoio da tropa de choque), e no intervalo, após antecipado pelas emissoras de rádio, atearam fogo nos banheiros químicos (ou "atômicos", segundo o presidente em exercício Túlio Macedo) que foram jogados na coréia. Resultado dessa confusão foi um julgamento já na sexta-feira 04/08 e a perda do mando de campo por 8 jogos, mais multa de 200 mil reais. Assim, após o jogo deste sábado contra o Juventude, e se não houver reforma da decisão, o Grêmio só jogará no Olímpico em 1.º/11.
Finalmente, regularizou-se a situação de Leo Lima, que pôde ficar no banco para o 2.º tempo. Patrício reassumiu a titularidade, com a lesão de Alessandro no Gre-nal.
Chegamos ao estádio faltando meia-hora para o pontapé inicial e nos posicionamos à esquerda da social. Acompanhamos o ataque do Grêmio que dominou o primeiro tempo. O Juventude é um time rápido e causou perigo em alguns contra-ataques. Jeovânio foi muito bem na cobertura e na marcação; Lucas faz bem aquela função de ir ao ataque; Rômulo é um baita centroavante, com técnica para dribles curtos e tudo mais. Tcheco, dispersivo, contribuiu muito pouco para o jogo e errou jogadas fáceis. Outro que errou muito foi Wellington - passes errados e chutes de fora da área inconseqüentes. No gol, Marcelo Grohe vem pegando tudo.
No 2.º tempo nos mudamos de lugar, mais para o meio de campo, e logo aos 12min Evaldo aproveitou um rebote de cobrança de escanteio e, de fora da área, acertou um chute violento para o gol. Ivo Wortmann, que é um treinador muito competente, promoveu alterações no Juventude que mudaram as ações do jogo; o time caxiense passou a desperdiçar chances no ataque. Mano, por fim, mandou Léo Lima ao campo, no lugar de Rafinha, cansado. E o ex-santista mostrou em poucas jogadas que tem um baita futebol; é um jogador com técnica muito superior e com futebol muito diferente dos jogadores que nos últimos anos apareceram no Olímpico. Se o cara resolver não cair na noite de Porto Alegre e se mostrar interessado para jogar futebol, muito provavelmente as vitórias aparecerão com maior freqüência.
Tcheco, improdutivo, cedeu lugar à Herrera que perdeu um gol incrível. Quando o Juventude exercia uma pressão forte (Christian errou um gol quase sem goleiro; a social gritou "Christian, Christian"), Mano optou por retirar Hugo e reforçar a marcação com Nunes.
GRÊMIO: Marcelo Grohe; Patrício, William, Evaldo e Wellington; Jeovânio, Lucas, Tcheco (Herrera), Hugo (Nunes) e Rafinha (Léo Lima); Rômulo. Técnico: Mano Menezes.
JUVENTUDE: André; Igor, Antônio Carlos e Rafael; Raullen, Renan, Walker, Alexandre (Éder Ceccon), Marcel (Leandrinho) e Ivo (Lauro); Christian. Técnico: Ivo Wortmann.
Gol: Evaldo, aos 13 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Tcheco e Lucas (G); Walker (J).
Arbitragem: Paulo Henrique de Godoy Bezerra, auxiliado por Alcides Zawaski Pazetto e Luis Alberto Kallenberger (trio de SC).
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quinta-feira, 10 de agosto de 2006
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