Dirigimo-nos ao Olímpico perto das 15h45min, e lá chegando, nos posicionamos no lado da social da goleira da Cascatinha, de modo que assistimos, no 1.º tempo, ao Grêmio atacando do lado oposto. Com a classificação garantida, a disputa dessa última rodada da 1.ª fase era para ver quem ficaria com a melhor campanha nos 3 grupos, a fim de levar a vantagem de decidir o campeonato em casa. Assim, todos os jogos da rodada foram realizados no mesmo horário (só um que foi realizado no sábado, entre duas equipes que já não disputavam mais nada).
O Grêmio foi a campo desfalcado de Tcheco; mas contou com o retorno de Maidana e, especialmente, Galatto, recuperado de lesão no cotovelo que o afastou dos campos por mais de um mês (fato que promoveu a escalação dos dois goleiros reservas, Marcelo Grohe e Cássio, ambos com boa participação). Para nossa surpresa, Nunes compôs a zaga pelo lado esquerdo – e foi razoavelmente bem (no mínimo, melhor que Marcelo Oliveira). Pedro Júnior e Lipatin compuseram o ataque; Lucas, Sandro, Marcelo Costa e Paulo Ramos formaram o meio-campo. Patrício iniciou a partida pela primeira vez após a suspensão; Bruno Coutinho foi improvisado, mais uma vez, na lateral-esquerda.
Desde o início do jogo o Grêmio se impôs frente ao Veranópolis, desperdiçando muitas chances de gol. Pedro Júnior desencantou e marcou o primeiro gol da tarde, apanhando dentro da área um rebote, após chutes a gol de Lipatin ou algum outro que estava no ataque. Não demorou nenhum minuto a comemoração, pois o Veranópolis avançou e, num cruzamento lá da esquerda, Guilherme aparou de cabeça (falha de Nunes, que não pulou junto com o atacante). Mas o empate não tinha nada a ver com o jogo; o Grêmio era muito melhor. Curiosamente, a torcida comemorou o gol da Ulbra – marcado pelo velho Fabiano – e a alma castelhana, inclusive, fez a avalanche (na verdade eu acho que a avalanche se deu em virtude de um gol anulado do Grêmio, feito naquele instante). De qualquer maneira, Pedro Júnior foi bem, participando bastante. Lucas marcou bastante e fez poucas faltas. Bruno Coutinho, desimpedido, esteve tranqüilo. Maidana mostrou-se firme e competente a partida toda. E Galatto, mesmo pouco exigido, mostrou que é o goleiro titular. No decorrer da etapa inicial o tricolor diminuiu o ritmo, que só melhorou, e muito, no 2.º tempo.
Após o intervalo, o Grêmio voltou elétrico: Lipatin desperdiçou grande jogada, de fora da área. Sandro Goiano e Paulo Ramos (este machucado), deram lugar a Jeovânio e William. Este apareceu pela 1.ª vez, nunca ouvi falar dele pela imprensa. Mas o garoto teve participação muito boa, fazendo até umas dispensáveis pedaladas estilo Robinho (pelo menos o cara não perdia a bola, como acontece com alguns caras que só se acham).
O Grêmio insistiu bastante nos chutes de longa distância. Até que Marcelo Costa, aos 17 min, acertou um belo chute e desempatou a partida. Lipatin, por sua vez, continuou com dificuldades nas conclusões, no que passou a ser seguido por Pedro Júnior. A social passou a chamar por Herrera, e antes que ficasse tarde demais, após os 30 min, Mano colocou o atacante argentino no lugar do uruguaio. Logo no primeiro lance, Herrera mostrou-se muito mais competente e objetivo no ataque. Não por acaso, aos 40min, numa bola alta que sobrou na grande área, Herrera caprichou e marcou o 3.º gol (se fosse o Lipatin a bola teria ido parar nas cadeiras).
O resultado foi muito satisfatório, mas não foi suficiente para a obtenção da melhor campanha da 1.ª fase. Resta agora o sorteio que se dará nesta 2.ª feira, para a formação dos grupos da fase seguinte.
GRÊMIO: Galatto; Patrício, Maidana, Nunes e Bruno Coutinho; Lucas, Sandro (Jeovânio, int.), Marcelo Costa e Paulo Ramos (William, int); Pedro Jr. e Lipatin (Herrera, 36' 2º t). Técnico: Mano Menezes
VERANÓPOLIS: Marcão; Elizeu, Fábio Vidal e Renato Tilão; Peter, Bagnara, Ricardo, Alexandre (Elivélton, 36' 2º t), Vandré (Gilvan 21' 2º t) e Xavier; Ricardo e Guilherme (Marinho, 37' 2º t). Técnico: Paulo Henrique
Arbitragem: Vinícius Costa da Costa, auxiliado por Paulo Ricardo Conceição e Marcelo Oliveira e Silva.
Renda: R$ 62.250.
Público: 10.859 (9.048 pagantes)
domingo, 19 de fevereiro de 2006
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006
Grêmio 2x1 Santa Cruz (Gauchão, 1.ª fase, Estádio Olímpico, 12/02/2006, 20h30min)
O Grêmio enfrentou uma má-fase nos últimos jogos: empatou fora (0x0) e perdeu no Olímpico (01/02) por 2x1 para o Farroupilha, empatou em Bento Gonçalves com o Esportivo (2x2), e ganhou chorado do lanterna São Luiz, em casa, por 1x0 (08/02 – não foi por causa da aula no Goethe).
Em todos os jogos do Gauchão, a equipe entrou com uma formação diferente. Desta vez, promoveu-se a estréia do terceiro goleiro, Cássio, no lugar de Marcelo Grohe, machucado. Bruno Coutinho foi escalado improvisado na lateral-esquerda. A zaga seria formada por Evaldo e Marcelo Oliveira (Maidana suspenso pelo terceiro cartão amarelo). Herrera se contundiu em treinamento durante a semana e cedeu lugar para Pedro Júnior. O meio-campo formou com Jeovânio, Lucas, Tcheco e Marcelo Oliveira, com Pedro Júnior e Reinaldo no ataque. Alessandro ocupou a lateral-direita.
Sozinho em Porto Alegre, após um massacrante concurso de 15h no Colégio Dom Bosco (5 horas no sábado de tarde, 5 horas no domingo pela manhã, e 5 horas no domingo pela tarde), programei-me para assistir pelo menos ao 1.º tempo deste jogo. Cheguei perto das 19h50min e fui na Gremiomania (que está no Liquida Porto Alegre, mas a lotação do local impediu qualquer movimentação). Posicionei-me bem na linha do centro do gramado, antepenúltimo assento.
O Grêmio jogou o 1.º tempo inteiro no ataque; o Santa Cruz não chegou nenhuma vez no gol de Cássio. Entretanto, logo apareceram deficiências e o jogo ficou morno, com muitos erros. Bruno Coutinho me pareceu um guri, bem desconcentrado, errando bolas fáceis (chegou dar uma rosca pela linha de fundo num cruzamento). Alessandro, por outro lado, surpreendeu com umas duas jogadas bem agudas lá pelo lado direito, até a linha de fundo. Lucas errou muitos lances. Tcheco foi quem cresceu durante a partida e foi o criador da jogada do 1.º gol (que eu gravei na máquina): numa cobrança de falta perto da grande área, a bola respingou na defesa e no bate-rebate, Marcelo Costa finalizou para as redes.
Não demorou nada e numa jogada muito rápida, com trocas de passes no meio campo, Lucas passou para Tcheco que vinha de trás e chutou forte, fora do alcance do goleiro.
A arbitragem foi muito criticada por jogadores, dirigentes e por Mano Menezes; este passou boa parte do 1.º tempo reclamando da falta de critério do árbitro. O quarto árbitro se dirigia ao técnico pedindo para que parasse de se manifestar, e essa atitude sempre causa reação da social; nunca vi um árbitro ser tão vaiado como foi esse quarto árbitro – chegou a ser constrangedor, de tanto que foi xingado.
Quanto ao 2.º tempo, eu já estava em casa, mas posso dizer que o Santa Cruz marcou o seu gol perto do final do jogo, num rebote que o goleiro Cássio espalmou para a frente (ao invés de jogar para o lado), tendo a bola ficado na frente de um atacante adversário que, impedido, marcou o gol. Alessandro foi expulso (2.º cartão amarelo) logo nos primeiros minutos do 2.º tempo, e Patrício (que teve a suspensão reduzida), voltou aos gramados no lugar de Pedro Júnior. A atuação de Tcheco foi bastante elogiada. Ao final do jogo, Cássio salvou a vitória numa defesa dita excepcional.
Estranhamente, nem o ClicRBS nem o site do Grêmio divulgaram, como de costume, as escalações e o público/renda (pouco mais de 9 mil pessoas), de modo que essas informações ficam prejudicadas.
GRÊMIO: Cássio, Alessandro, Marcelo Oliveira, Evaldo, Bruno Coutinho, Jeovânio, Lucas, Tcheco, Marcelo Costa, Pedro Júnior (Patrício), Reinaldo (Lipatin). Técnico: Mano Menezes.
SANTA CRUZ: Renato, Marcão, Anderson, Glauber, Luis Fernando, Odair Santos, Roque, Fábio Nunes, Odair (Éder), Júnior, Leandro. Técnico: Armando Dessessards.
Em todos os jogos do Gauchão, a equipe entrou com uma formação diferente. Desta vez, promoveu-se a estréia do terceiro goleiro, Cássio, no lugar de Marcelo Grohe, machucado. Bruno Coutinho foi escalado improvisado na lateral-esquerda. A zaga seria formada por Evaldo e Marcelo Oliveira (Maidana suspenso pelo terceiro cartão amarelo). Herrera se contundiu em treinamento durante a semana e cedeu lugar para Pedro Júnior. O meio-campo formou com Jeovânio, Lucas, Tcheco e Marcelo Oliveira, com Pedro Júnior e Reinaldo no ataque. Alessandro ocupou a lateral-direita.
Sozinho em Porto Alegre, após um massacrante concurso de 15h no Colégio Dom Bosco (5 horas no sábado de tarde, 5 horas no domingo pela manhã, e 5 horas no domingo pela tarde), programei-me para assistir pelo menos ao 1.º tempo deste jogo. Cheguei perto das 19h50min e fui na Gremiomania (que está no Liquida Porto Alegre, mas a lotação do local impediu qualquer movimentação). Posicionei-me bem na linha do centro do gramado, antepenúltimo assento.
O Grêmio jogou o 1.º tempo inteiro no ataque; o Santa Cruz não chegou nenhuma vez no gol de Cássio. Entretanto, logo apareceram deficiências e o jogo ficou morno, com muitos erros. Bruno Coutinho me pareceu um guri, bem desconcentrado, errando bolas fáceis (chegou dar uma rosca pela linha de fundo num cruzamento). Alessandro, por outro lado, surpreendeu com umas duas jogadas bem agudas lá pelo lado direito, até a linha de fundo. Lucas errou muitos lances. Tcheco foi quem cresceu durante a partida e foi o criador da jogada do 1.º gol (que eu gravei na máquina): numa cobrança de falta perto da grande área, a bola respingou na defesa e no bate-rebate, Marcelo Costa finalizou para as redes.
Não demorou nada e numa jogada muito rápida, com trocas de passes no meio campo, Lucas passou para Tcheco que vinha de trás e chutou forte, fora do alcance do goleiro.
A arbitragem foi muito criticada por jogadores, dirigentes e por Mano Menezes; este passou boa parte do 1.º tempo reclamando da falta de critério do árbitro. O quarto árbitro se dirigia ao técnico pedindo para que parasse de se manifestar, e essa atitude sempre causa reação da social; nunca vi um árbitro ser tão vaiado como foi esse quarto árbitro – chegou a ser constrangedor, de tanto que foi xingado.
Quanto ao 2.º tempo, eu já estava em casa, mas posso dizer que o Santa Cruz marcou o seu gol perto do final do jogo, num rebote que o goleiro Cássio espalmou para a frente (ao invés de jogar para o lado), tendo a bola ficado na frente de um atacante adversário que, impedido, marcou o gol. Alessandro foi expulso (2.º cartão amarelo) logo nos primeiros minutos do 2.º tempo, e Patrício (que teve a suspensão reduzida), voltou aos gramados no lugar de Pedro Júnior. A atuação de Tcheco foi bastante elogiada. Ao final do jogo, Cássio salvou a vitória numa defesa dita excepcional.
Estranhamente, nem o ClicRBS nem o site do Grêmio divulgaram, como de costume, as escalações e o público/renda (pouco mais de 9 mil pessoas), de modo que essas informações ficam prejudicadas.
GRÊMIO: Cássio, Alessandro, Marcelo Oliveira, Evaldo, Bruno Coutinho, Jeovânio, Lucas, Tcheco, Marcelo Costa, Pedro Júnior (Patrício), Reinaldo (Lipatin). Técnico: Mano Menezes.
SANTA CRUZ: Renato, Marcão, Anderson, Glauber, Luis Fernando, Odair Santos, Roque, Fábio Nunes, Odair (Éder), Júnior, Leandro. Técnico: Armando Dessessards.
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