segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Grêmio 2x1 Coritiba (Brasileirão 2008, 35.ª rodada, 16.11.2008, 19h10min, Estádio Olímpico)

PALMEIRAS 0x1 GRÊMIO - 34.ª rodada, Estádio Parque Antártica, 09.11.2008, domingo, 17h.

Ao final do lamentável empate em casa contra o Figueirense, o próprio Presidente Odone reconheceu que no próximo jogo, contra o Palmeiras, adversário direto, no Parque Antártica, o Grêmio seria zebra. Não era exagero, pois o time de Roth não vem tendo boa regularidade nas atuações, alguns jogadores estão deixando a desejar, e para essa partida específica a defesa inteira seria de reservas ou com jogadores improvisados.

Durante a semana houve muita discussão a respeito da "mobilização" de um punhado de caras que foram protestar durante o treino pelos últimos desempenhos, em especial o empate contra o Figueirense em casa. Esses caras queriam invadir o treino mas as coisas se revolveram diretamente com a direção: acertou-se que eles poderiam conversar com os atletas ao final do treino, e os jogadores relataram que essa conversa foi civilizada, apenas uma cobrança de maior empenho nos jogos e uma espécie de aviso do tipo "estamos de olho em vocês". Tcheco valorizou a atitude, digamos, pacífica, ao contrário da torcida de outros times que têm precedentes de atos hostis em relação a jogadores, treinadores e dirigentes. Posteriormente Souza ou Tcheco revelaram que foram questionados se havia algum racha no grupo - particularmente, também me questiono se a queda de rendimento se deveu a alguma divergência interna ou até dispersão e desconcentração de alguns jogadores (p. ex., noitadas). Pelo que se apurou, então, foi tudo muito tranqüilo, não há rachas e o grupo está mobilizado. Mas isso rendeu notícias por quase toda a semana, e Roth deixou claro que discordava da decisão da direção de ter deixado esse pessoal trocar essa idéia com os jogadores, e a imprensa especializada ficou dividida entre os que achavam a atitude correta e os que consideravam uma deferência desnecessária (acho que essa foi a opinião majoritária, até onde pude aferir).

Um dos maiores clichês nessa fase do campeonato é dizer que todos os jogos são decisivos. O São Paulo, líder depois de 17 rodadas com o Grêmio na frente, leva a vantagem de enfrentar adversários sem maiores aspirações no campeonato ou na zona do rebaixamento. O Grêmio ainda teria o Palmeiras pela frente, e este pegaria o Flamengo em seguida. O negócio é fazer o dever de casa e secar o São Paulo.

O Palmeiras teve jogo no meio da semana pela Copa Sul-Americana, e Luxemburgo mandou um time de reservas e, de forma inédita, deixou de acompanhar o seu time, ou melhor, acompanhou o seu time das cabines da transmissora de TV, e assim, ao invés de treinar o time, atuou como comentarista. Acho que para ele funcionou, pois teve o microfone à vontade para reclamar que seus jogadores, em especial o Kleber, recebem muitas faltas e ainda são penalizados com cartões amarelos; além disso, o cara teve excepcional oportunidade para fazer o seu marketing na tentativa de substituir Dunga no comando da Seleção. No mundo ideal, a transmissora de TV deveria oportunizar o mesmo aos demais treinadores, nomeadamente Muricy, Roth, Caio Jr. Qual destes não gostaria de ficar 120min na maior emissora de TV puxando brasa para sua sardinha?

Fato é que com a bola rolando, o time de Roth conseguiu segurar o ímpeto dos palmeirenses, e ainda criou chances boas de gol (Marcel perdeu chance incrível depois dos 15min). De forma surpreendente, Jean jogou muito e o resto da zaga (Amaral, improvisado, e Heverton) mandou bem, com firmeza em todas as jogadas. Souza foi escalado como ala direito e teve a melhor atuação no Grêmio. A volta de William Magrão e Rafael Carioca foi fundamental. Assim, o primeiro tempo foi equilibrado.

A etapa complementar não foi muito diferente. Até que a bola sobrou para Tcheco pelo lado esquerdo; o camisa 10 resolveu levantar a bola para a área, mas ninguém alcançou e o golpe de vista traiu o goleiro Marcos. Gol sem querer também vale. Parecia inacreditável: 1x0 fora de casa e contra o Palmeiras. Mas os paulistas entraram no desespero, e além das chances desperdiçadas o exemplo mais veemente foram as quatro saídas de Marcos em direção à área gremista em cobranças de escanteio (a primeira foi logo após o gol). Geralmente esse recurso só é utilizado pelos goleiros no final do jogo, tipo faltando 5min ou nos acréscimos. Posteriormente o goleiro foi criticado pela afoiteza, e o próprio admitiu a falha.

Grêmio segue como vice-líder, dois pontos atrás do São Paulo.

PALMEIRAS: Marcos; Elder Granja, Gustavo, Martinez e Leandro; Jumar (Maicosuel), Pierre (Lenny), Evandro e Léo Lima; Denilson (Jorge Preá) e Alex Mineiro. Técnico: Wanderley Luxemburgo.

GRÊMIO: Victor; Héverton, Jean e Amaral; Souza, William Magrão, Rafael Carioca, Tcheco e Hélder (Adilson); Marcel (Orteman) e Reinaldo (André Luís). Técnico: Celso Roth.

Renda: R$ 761.095,00, Público: 26.025 pagantes (80 não pagantes), Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR), Roberto Braatz (Fifa-PR) e Erich Bandeira (Fifa-PE). Cartões amarelos: Martinez e Maicosuel (Palmeiras); Hélder, Amaral, Tcheco e Rafael Carioca (Grêmio). Gols: GRÊMIO: Tcheco, aos 28 minutos do segundo tempo.


GRÊMIO 2x1 CORITIBA - 35.ª rodada, 16.11.2008, 19h10min, Estádio Olímpico.

A vitória contra o Palmeiras veio na hora certa: diz-se que Roth havia prometido uma vitória épica. Mas o campeonato segue e o que importa é ser líder na última rodada. Então tem que vencer o maior número de jogos e secar o São Paulo. Na véspera da rodada, Luxemburgo sofreu agressão de parte da torcida do Palmeiras no aeroporto de Congonhas, antes da partida para o RJ para enfrentar o Flamengo. Lembrou-se, imediatamente, do episódio da semana anterior, durante treino no Estádio Olímpico, no qual se fez uma cobrança firme mas sem hostilidade desnecessária (até onde se ficou sabendo).

O Coritiba não tem mais nada a disputar no campeonato, então se falou numa desmobilização dos jogadores, o que poderia ser removida com a famigerada mala-preta (admitida pelo próprio técnico do time paranaense, conforme entrevista para o jornal da meia-noite). Nessa rodada o Grêmio jogou após o encerramento dos jogos dos adversários diretos, então já sabia da derrota do Cruzeiro para o Náutico (no sábado, nos Aflitos, por 5x2), do Palmeiras para o Flamengo (no Maracanã, por 5x2) e da vitória do São Paulo (3x2 sobre o Figueirense no Orlando Scarpelli - o Figueira chegou a empatar o jogo, mas em seguida os paulistas liquidaram o jogo; talvez tenha faltado um pouco da raça que sobrou no Olímpico algumas semanas atrás).

Após a vitória consagradora no Parque Antártica, esperava-se público de 45mil pessoas. Dirigimo-nos ao Estádio com antecedência de uma hora, e nos posicionamos quase embaixo da torcida adversária, pois era o único espaço coberto disponível na social. E acabamos pegando um lugar legal para acompanhar o 1.º tempo.

O jogo começou com o Grêmio se impondo, mas com poucas chances de gol e muitos passes errados de Tcheco: o cara errou os primeiros cinco lances, e aí desapareceu. A partir daí, tipo 10min, o Coritiba começou a devolver os ataques e Victor foi acionado algumas vezes. O problema que tenho notado é que o Grêmio custa muito a abrir o placar, e ficamos um pouco impacientes com chances de gol não concluídas - sempre alguém tentava mais um corte, mais um drible, ou mais um passe. As coisas se resolveram favoravelmente quando Tcheco avançou pela meia direita, o cara atrás de nós gritou "chuta para o gol", não levei fé a ponto de filmar o lance, e Tcheco chutou para o gol; a bola desviou na zaga e tirou o inseguro goleiro do Coritiba do lance. O gol foi muito comemorado por todos em campo e fora dele, e foi o máximo que consegui registrar do momento.

comemoração 1º gol do Grêmio - Tcheco



Um gol sempre traz um pouco mais de tranqüilidade. E com esse espírito o jogo seguiu para o intervalo. Na volta o Grêmio teve uns bons ataques mas só fez o 2.º gol aos 30min. Filmei todo o lance, com o pouco de memória que restava da máquina, mas não tive tempo de transmitir para o youtube - fica para quando voltar a Porto Alegre no fim-de-semana.

2.º gol do Grêmio - Heverton



"Fala cinco", entendi "quarenta e cinco", "vamos, então?", fomos e não vimos o Coritiba descontar.

Segue a diferença de dois pontos em favor do São Paulo. Próximo jogo é contra o Vitória, no Barradão (adversário nunca fácil de ser batido).

GRÊMIO: Victor; Amaral, Réver e Héverton; Souza, Rafael Carioca (Adilson, 35/2º), Willian Magrão, Tcheco e Hélder; Reinaldo (André Luís,25/2º) e Marcel (Morales, 25/2º). Técnico: Celso Roth.

CORITIBA: Vanderlei; Maurício, Rodrigo Mancha e Felipe; Marcos Tamandaré, Alê, Leandro Donizete (Carlinhos, 202º), Marlos e Ricardinho; Hugo e Keirrison (Ariel, 21/2º). Técnico: Dorival Júnior.

Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique, auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés e Hilton José Moutinho (trio do RJ). Gols: Tcheco (G), a 28 minutos do primeiro tempo. Alê (C, contra), a 30, e Ariel (C), a 46 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Marlos, Maurício, Leandro Donizete (C), Adílson (G). Expulsão: Marcos Tamandaré (C).
Público: 43.385 pessoas. Renda: R$ 760.021.

CLASSIFICAÇÃO:
Equipe P V SG %
1º São Paulo (SP) 68 19 28 64,8
2º Grêmio (RS) 66 19 21 62,9
3º Flamengo (RJ) 63 18 22 60,0
4º Cruzeiro (MG) 61 19 12 58,1
5º Palmeiras (SP) 61 18 9 58,1
6º Goiás (GO) 51 14 11 48,6
7º Inter (RS) 51 14 4 48,6
8º Coritiba (PR) 50 13 6 47,6
9º Botafogo (RJ) 49 14 8 46,7
10º Atlético-MG (MG) 47 12 -6 44,8
11º Vitória (BA) 45 13 0 42,9
12º Sport (PE) 45 12 -1 42,9
13º Santos (SP) 43 11 -5 41,0
14º Atlético (PR) 41 11 -10 39,0
15º Fluminense (RJ) 40 10 -1 38,1
16º Náutico (PE) 40 10 -10 38,1
17º Vasco (RJ) 37 10 -15 35,2
18º Portuguesa (SP) 36 9 -19 34,3
19º Figueirense (SC) 35 8 -29 33,3
20º Ipatinga (MG) 34 9 -25 32,4

sábado, 8 de novembro de 2008

Livro - "A América aos nossos pés"

Depois de ver a série de DVDs "NBA Dynasty" sobre os títulos do Chicago Bulls e do Los Angeles Lakers, senti falta de DVDs e livros que documentassem os momentos mais marcantes do Grêmio. Isso começou a ser resolvido com os DVDs e livro sobre a Batalha dos Aflitos, mas sempre achei uma omissão imperdoável a falta de registros sobre os títulos mais expressivos e significativos como os títulos do Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores e Mundial. Quando vi para vender o livro do Eduardo "Peninha" Bueno e seu irmão sobre o título da Libertadores de 1983, que recém completou 25 anos, nem esperei pela Feira do Livro, pois o preço já era baixo, menos de vinte reais.

O livro tem formato de bolso e a cronologia da narrativa é a que considero a ideal, i. é, jogo-a-jogo. O estilo do autor é o de sempre, exagerado ao extremo, mas totalmente adequado para esse tipo de literatura. Tirantes alguns pontos de vista com os quais discordo totalmente, o livro é muito bom, pois além das resenhas sobre os jogos, há ainda algumas linhas (poucas é verdade) sobre os aspectos secundários (mas importantes) que acompanharam a conquista histórica, como a fraca campanha no Brasileirão 1983, e é legal ver como as coisas mais ou menos se repetem (p. ex., Valdir Espinosa e o Pres. Fábio Koff foram bastante criticados pela desclassificação do Brasileirão pela Ferroviária de Araraquara, por 3x1 em pleno Estádio Olímpico, na véspera do primeiro jogo contra o América de Cali).

Ponto alto do livro é a narrativa do memorável confronto (pois de jogo não se tratou) entre Grêmio e Estudiantes, em La Plata. Eu já tinha visto os gols e cenas sobre as expulsões, mas o cara sugeriu (e eu acatei) olhar os vídeos disponíveis no youtube, e, de fato, é impressionante, vale a pena conferir.

Outras revelações legais são a organização do time, por Koff e Espinosa, no início da temporada de 1983, e a contratação de Mazarópi para a 2.ª fase da competição.

Para o meu gosto, o livro deveria ter o dobro de páginas e tamanho regular, mas isso provavelmente encareceria o produto e inviabilizaria a comercialização (p. ex., fiquei interessado no livro de René Simões sobre a volta do Coritiba à Série A, mas custa R$ 60,00, e aí ficou difícil - é só para fã-náticos mesmo). Li em aproximadamente 2 horas.

Resta aguardar DVD´s sobre as históricas conquistas de 25 anos (inclusive com a íntegra dos jogos, como os da NBA), bem como livros (bem que o Espinosa podia escrever um).

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Grêmio 1x1 Figueirense (Brasileirão 2008, 33.ª rodada, 02.11.2008, 19h, Estádio Olímpico)

Mais de um mês depois da vez mais recente, voltamos ao Estádio Olímpico para acompanhar mais um jogo complicado contra o Figueirense. Antes disso, no entanto, o Grêmio teve oito rodadas de altos e baixos, senão vejamos.

Atlético-PR 0x0 Grêmio - 26.ª rodada, 21.09.2008, Estádio Arena da Baixada, Curitiba/PR.

Ultimamente os jogos contra o Atlético-PR tem sido bem complicados, e não seria diferente dessa vez. Tcheco foi bastante hostilizado pela torcida (o cara tem afinidade com o rival Coritiba) e o placar foi um raro 0x0.

Ficam mais fortes as vozes que se inquietaram com a campanha do time de roth no 2.º turno em comparação com os jogos respectivos no 1.º turno.

ATLÉTICO-PR: Galatto, Danilo, Rhodolfo e Antônio Carlos; Alberto, Alan Bahia (Márcio Azevedo), Chico, Ferreira e Netinho; Júlio César (Pedro Oldoni) e Rafael Moura (Zé Antônio). Técnico: Geninho.

GRÊMIO: Victor, Léo, Jean e Réver; Paulo Sérgio, Rafael Carioca, Orteman, Tcheco e Anderson Pico (Souza); Perea (Soares) e Marcel (Morales). Técnico: Celso Roth

Árbitro: Alicio Pena Junior (Fifa MG), Jair Albano Felix (MG) e Rodrigo Otávio Baeta (MG). Cartões amarelos: Antônio Carlos, Rafael Moura e Ferreira (Atlético-PR); Anderson Pico, Orteman, Paulo Sérgio e Réver (Grêmio).

Inter 4x1 Grêmio - 27.ª rodada, 28.09.2008, Estádio Beira-Rio, Porto Alegre/RS.

Já havia antecipado que Tite se daria melhor que Roth nos quatro Gre-nais deste 2.º semestre, e acertei. Mas ninguém esperava o resultado expressivo. O Inter saiu na frente, o Grêmio empatou em seguida (golaço de Tcheco, fora da área - mas o cara foi expulso, parece que não aprendeu com as expulsões e suspensões do ano passado), mas o time da casa concluiu com êxito todas as demais chances de gol e fechou o placar ainda no 1.º tempo. A performance do time de Roth foi desprezível. E questiona-se com ainda mais força o trabalho neste 2.º turno, ninguém conseguindo explicar a razão da queda acentuada de rendimento.

INTER: Clemer; Ângelo (Danny Morais), Índio, Bolívar e Gustavo Nery; Edinho, Magrão, Guiñazu e D'Alessandro (Taison); Alex e Nilmar (Adriano). Técnico: Tite.

GRÊMIO: Victor; Léo, Pereira (Jean) e Réver; Paulo Sérgio (Souza), Rafael Carioca, Orteman, Tcheco e Anderson Pico; Perea (William Magrão) e Marcel. Técnico: Celso Roth.

Gols: D'Alessandro (I), aos quatro, Tcheco (G), aos 18, Alex (I), aos 28, Índio (I), aos 40, e Nilmar (I), aos 46 minutos do primeiro tempo. Cartões amarelos: Gustavo Nery (I); Orteman, Léo, Tcheco e William Magrão (G). Expulsões: Edinho (I) e Tcheco (G). Arbitragem: Evandro Rogério Roman (Fifa/PR), auxiliado por Roberto Braatz (Fifa/PR) e Milton Otaviano dos Santos (Fifa/RN). Público: 42.590 (37.388 pagantes). Renda: R$ 728.200,00. Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

Grêmio 2x1 Botafogo - 28.ª rodada, 04.10.2008, sábado, 16h, Estádio Olímpico.

Os próximos dois jogos do Grêmio seriam no Estádio Olímpico, e se impunha a vitória em ambos para se manter no topo da tabela. No desespero, Roth mudou metade do time e promoveu a estréia do "novo Ronaldinho" Douglas Costa. Com meu pai na praia, restou-me acompanhar parte do 2.º tempo da vitória de 2x1, de virada. Atuação elogiada do estreante Douglas Costa, que marcou o gol de empate e fez umas jogadas inspiradas.

GRÊMIO: Victor, Léo, William Thiego e Rever; Felipe Mattioni, Rafael Carioca, Willian Magrão, Douglas Costa (Makelele) e Helder; Soares (Marcel) e Morales (Reinaldo). Técnico: Celso Roth.

BOTAFOGO: Castillo (Renan), Alessandro, Renato Silva, Andre Luis e Triguinho (Gil); Leandro Guerreiro (Zárate), Túlio, Diguinho e Lucio Flavio; Jorge Henrique e Carlos Alberto. Técnico: Ney Franco.

Gols: Renato Silva, aos 30, Douglas Costa, aos 33 minutos do primeiro tempo; Rever, aos 18 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Willian Magrão, Morales, Makelele (Grêmio); Triguinho, Carlos Alberto (Botafogo). Cartões vermelhos: Léo (Grêmio), Jorge Henrique (Botafogo). Público: 33.740 pagantes. Renda: 631.375,00 Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR), Ivan Carlos Bohn (PR) e Carlos Berkenbrock (SC).

GRÊMIO 2x0 SANTOS - 29.ª rodada, 08.10.2008, quarta-feira, 22h, Estádio Olímpico.

Vantagem de estar no interior: poder assistir quando o jogo é da TV e é em Porto Alegre.

Foi um jogaço contra o Santos; apesar da vitória por 2x0 (o primeiro gol foi logo no início, e o segundo só saiu nos descontos) foi um jogo disputado, pois os santistas atacaram bastante e com perigo. Pelo menos desta vez a defesa esteve atenta e afastou todas.

GRÊMIO: Victor; Jean (Amaral, 34'/2º), Thiego e Réver; Felipe Mattioni, Rafael Carioca, Willian Magrão (Orteman, 34'/2º), Douglas Costa e Helder; Soares e Morales (Reinaldo, 38'/2º). Técnico: Celso Roth.

SANTOS: Douglas; Wendel, Domingos, Fabiano Eller e Fábio Santos (Carleto, 43'/2º); Rodrigo Souto, Roberto Brum, Bida (Pará, 20'/2º) e Molina (Tiago Luís, 34'/2º); Cuevas e Kléber Pereira. Técnico: Márcio Fernandes

Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ), auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés (Fifa/RJ) e Ricardo Maurício Ferreira de Almeida (RJ).
Gols: Morales (G), aos três minutos do primeiro tempo, e Soares (G), aos 49 do segundo. Cartões amarelos: Morales, Jean (G), Fabiano Eller, Kléber Pereira, Domingos (S). Expulsão: Fabiano Eller (S)

PORTUGUESA 2x0 GRÊMIO - 30.ª rodada, 19.10.2008, 18h, Estádio Canindé, SP.

A defesa falhou nos dois gols da Portuguesa. O jogo foi antecedido da grande polêmica que cercou a punição de 3 jogadores gremistas: Leo pegou gancho de 120 dias, Rever, de 3 jogos, e Morales, de 8 jogos. Isso significaria que pelo menos Leo e Morales não jogariam mais no campeonato, falando apenas 9 rodadas para o final. O STJD acabou dando provimento a um pedido liminar no recurso para liberar os atletas até o julgamento do mérito, e para isso colaborou a reação do Presidente do Grêmio e da imprensa (inclusive do centro do país). Além disso, no sábado, 18.10, fomos ao Estádio Olímpico para votar na eleição para presidente. Ao final, venceu a chapa apoiada por Fábio Koff e Cacalo: Duda Kroeff presidirá o Grêmio no biênio 2009-2010. Como as pessoas se levam a sério demais, a eleição não foi pacífica, e teve notícia até de racha em parte da torcida Geral do Grêmio.

Apesar da derrota, para mim totalmente previsível (não acredito nas previsões de resultado, do tipo que se pega a tabela até o final do campeonato e se faz uma espécie de loteria esportiva atribuindo os resultados vitória-empate-derrota como se isso adiantasse alguma coisa - no primeiro resultado negativo, a previsão vai pro saco), o Grêmio se manteve um ponto à frente na liderança. O melhor jogo da rodada, conforme a imprensa do centro do país, foi o clássico paulista Palmeiras x São Paulo - o time visitante abriu 2x0, mas a equipe de Luxemburgo empatou o jogo em questão de minutos no 2.º tempo (destaque para a jogada magnífica do Denílson, na linha de fundo, que resultou no 1.º gol palmeirense). O Cruzeiro ganhou o clássico mineiro contra o Atlético e também encostou.

PORTUGUESA: Gottardi; Ediglê, Bruno Rodrigo e Erick; Patrício, Rai, Preto (Héverton), Fellype Gabriel (Gavilán) e Athirson; Edno e Washington (Rogério). Técnico: Estevam Soares.

GRÊMIO: Victor; Léo, Pereira (Souza) e Réver; Felipe Mattioni, Rafael Carioca (Orteman), William Magrão, Douglas Costa e Hélder; Soares (Perea) e Morales. Técnico: Celso Roth

Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro (MG), Marcio Eustaquio Santiago (MG) e Flavio Gilberto Kanitz (GO). Cartões amarelos: Rai, Preto (P) e Soares (G). Gols: Ediglê (P), aos dez minutos do segundo tempo; e Edno (P), aos 46.

GRÊMIO 1x0 SPORT - 31.ª rodada, 23.10.2008, 20h30min, Estádio Olímpico.

A idéia é de que para ser campeão não há como prescindir de vitórias nos jogos como mandante. O Sport costuma complicar, mas não havia outro resultado admissível contra o atual time de Sandro Goiano (o cara teve a calorosa recepção da torcida gremista e enfatizou bastante o seu gremismo).

Não tenho SporTV no hotel, então tive que acompanhar pelo rádio via internet. Roth está sendo pressionado pelos resultados e pela campanha irregular, e para esse jogo contra o Sport o técnico resolveu mudar meio time e o esquema: deixou Leo no banco, formou o ataque com Perea e Reinaldo (Morales na reserva), e Mattione e Thiego nas laterais. Assim, Roth mandou a campo um time no 4-4-2, com várias alterações, e não se sabia até que ponto tantas novidades simultâneas renderia o resultado esperado.

Após o contato diário com o pessoal de casa, acompanhei o jogo a partir dos 10min do 1.º tempo, e aí o Grêmio já tinha feito 1x0, gol de Reinaldo (incrível como esse cara costuma fazer gols, mesmo com tanto tempo afastado por seguidas lesões).

Só que o time de Roth não conseguiu se impor e jogou muito mal, sofrendo até uma pressão do time visitante. Para o bem de todos, ficou por isso. Por outro lado, ficou bem claro para todos que o Grêmio teria que jogar mais futebol para ser campeão, e isso o Sandro Goiano referiu ao final do jogo, e foi admitido pela direção gremista, de certa forma.

Os resultados paralelos se revelaram, depois, totalmente positivos: Cruzeiro e Palmeiras não pontuaram (o São Paulo venceu, e é o vice-líder, 3 pontos atrás; Flamengo meteu uma goleada no Coritiba e voltou ao G-4).

Próximo jogo é decisivo e muito difícil: Cruzeiro, também postulante ao título, no Mineirão. Empatezinho vai ser goleada.

GRÊMIO: Victor; Felipe Mattioni, Pereira, Réver e Thiego; Willian Magrão, Rafael Carioca, Tcheco e Douglas Costa (Souza, 37 do 2º); Perea (Morales, 28 do 2º) e Reinaldo (Soares, 28 do 2°). Técnico: Celso Roth.

SPORT: Magrão; Igor, César Lucena e Durval; Cássio Lopes (Moacir, 8 do 1º; depois Luciano Henrique, 24 do 2º), Andrade (Júnior Maranhão, int.), Sandro Goiano, Fumagalli e Dutra; Carlinhos Bala e Wilson. Técnico: Nelsinho Baptista.

Arbitragem: Wagner Tardelli (Fifa), auxiliado por Carlos Berckenbrok e Alcides Pazzeto (trio catarinense). Gol: Reinaldo (G), a um minuto e cinqüenta segundos do primeiro tempo. Cartões amarelos: Sandro Goiano, Durval, César Lucena (S)


CRUZEIRO 3x0 GRÊMIO - 32.ª rodada, 29.10.2008, 22h, quarta-feira, Estádio Mineirão.


Todos sabiam que era um jogo decisivo. O problema é que seria contra um time bom, o Cruzeiro, no Mineirão. Apesar da campanha irregular do time de Roth no 2.º turno, ainda dava para acreditar que pelo menos um empate seria alcançado.

Não deu muito tempo para torcer... no primeiro ataque, o Cruzeiro se aproveitou duma vacilada monumental da defesa gremista e abriu o placar aos 14s de jogo. Parecia a época do Mano, na qual o Grêmio não ganhava nada fora de casa, e não raro era goleado ou perdia para times fracos. O time mineiro continuou atacando, e aos 25min Pereira foi substituído por lesão. Perea entrou no seu lugar, e o esquema mudou mais uma vez.

O Grêmio começou a ter uns bons ataques, mas todos infrutíferos. Mas o Cruzeiro jamais perdeu o domínio do jogo.

Para o 2.º tempo, Roth continuou com substituições bizarras: Paulo Sérgio no lugar de Douglas Costa, e Makelele no de William Magrão. O time ficou todo descaracterizado - além dos caras jamais terem jogado juntos, também nunca atuaram sob esses esquemas de jogo - e aí ficou fácil para o time do Adilson consolidar a vitória.

É impressionante como a defesa, que era uma rocha no 1.º turno, e Pereira era um craque, agora virou uma peneira, e o que era craque ficou lento e não contém mais nada.

Há não muitas rodadas atrás o Grêmio era líder com diferença de 7 pontos... agora divide a liderança com o São Paulo (59 pontos), mas tem vantagem no número de vitórias. O problema é que Cruzeiro e Palmeiras vêm logo atrás com 58 pontos, e o Flamento tem 56. Tá tudo embolado, faltando 6 rodadas.

Próximo jogo é com o sempre complicado Figueirense, no Olímpico, e todos lembramos bem o que aconteceu em 2007 - derrota em casa, perda da vaga para a Libertadores 2008, lesão de Saja, etc. Mas, enfim, tem que ganhar.

CRUZEIRO: Fábio; Jonathan, Léo Fortunato, Espinoza e Jadilson (Thiago Martinelli); Marquinhos Paraná, Fernandinho, Ramires e Wagner (Camilo); Thiago Ribeiro e Guilherme (Jajá). Técnico: Adilson Batista.

GRÊMIO: Victor; Léo, Pereira (Perea) e Réver; Felipe Mattioni, Rafael Carioca, Willian Magrão (Makelele), Tcheco, Douglas Costa (Paulo Sérgio) e Souza; Reinaldo. Técnico: Celso Roth

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG. Gols: Wagner (1º tempo), Jonathan e Guilherme (2º tempo) - Cruzeiro. Cartões amarelos: William Magrão, Rafael Carioca Souza e Tcheco (Grêmio); Guilherme, Ramires e Fernandinho (Cruzeiro). Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR). Público: 35.560 pagantes. Renda: R$ 549.450


GRÊMIO 1x1 FIGUEIRENSE - 33.ª rodada, 02.11.2008, domingo, 19h, Estádio Olímpico.

Sem poder contar com os suspensos Rafael Carioca e William Magrão, e o lesionado Pereira, Roth optou por deixar Douglas Costa no banco para privilegiar a escalação de um time mais "experiente". No esquema 3-5-2, a zaga foi formada pelos outrora excelentes Thiego, Leo e Rever, e no meio entraram Amaral e Makelele.

Chegamos ao Estádio por volta de uma hora antes da bola rolar e encontramos um bom lugar à direita das sociais e protegidos da chuva que estava ameaçando cair. Perto do horário previsto para o jogo o público aumentou significativamente.

O Figueirense está na parte debaixo da tabela, e pouco antes de iniciar a partida, os jogadores fizeram um último círculo daqueles para demonstrar união ou determinação, e senão para outra coisa, serviu para mostrar que pelo menos os caras estavam mais comprometidos com o jogo. Isso se viu tão logo a bola começou a rolar. O Grêmio tentava achar o caminho para a área adversária (meu pai disse "vamos ganhar") quando tomou o duro golpe do gol do Figueirense. Aos 7 min, após cobrança de escanteio, o rebote foi do time catarinense, e o chute seco não foi defendido por Victor. A sensação de um gol contra o Grêmio é sempre a mesma: a boca seca, a garganta aperta, há aquela sensação de não poder voltar no tempo, de como é inacreditável tomar um gol bobo, etc.

Para piorar, Leo se machucou e foi substituído por Paulo Sérgio, e assim o esquema mudou (para 4-4-2) mais uma vez. O time de Roth ficou o tempo todo com a posse de bola, mas era tarefa complicada a de penetrar na retranca do Figueira, sobretudo porque os atacantes e meias se demitiam de arriscar os chutes de longa distância. Além disso, Tcheco não vinha buscar o jogo para distribuir a bola como de costume, e essa tarefa foi desempenhada algumas vezes, não com muita eficiência, por Amaral e Makelele.

Depois de meia hora de jogo, contudo, o Grêmio conseguiu os primeiros arremates, e aí exerceu a verdadeira pressão que estamos acostumados. Algumas chances foram desperdiçadas, até que aos 46min Reinaldo fez o gol de empate.

Gol do Grêmio - Reinaldo



Em jogos complicados como esse é essencial ir para o vestiário, ao final do 1.º tempo, tendo marcado o gol de empate, pois motivaria para o 2.º tempo efetivar a vitória. Estávamos com essa convicção e o Grêmio continuou atacando muito - e perdendo chances incríveis.

Acho que Roth está desesperado com a campanha irregular desse 2.º turno: o cara está tentando de tudo, e aí fica mais fácil errar. Lá pelos 15min da etapa complementar reparei que Tcheco mal havia tocado na bola; o cara se limitava à mesma jogada - passe lateral para Mattioni percorrer toda a trajetória do meio-campo à linha de fundo para cruzar a bola para a área. Marcel e Douglas Costa foram acionados para entrar em campo; aí pensei que sairiam Amaral e Perea, que tinham atuações fracas até então. Mas saíram Makelele e Reinaldo.

A pressão continuou, mas o time se expôs e quase tomou o 2.º gol do Figueirense; algumas falhas na defesa outrora impenetrável foram grotescas, mas mais do que isso, os atacantes do time catarinense eram muito fracos e chutavam para longe do gol. No final do jogo, Victor salvou o empate. Douglas Costa demonstrou duas vezes o quanto é novo - teve uma jogada que ele tentou driblar todo o time catarinense em direção ao gol, e é claro que perdeu a bola e o Grêmio sofreu um contra-ataque. Mas esse é trabalho do Roth: dar tranqüilidade e força aos jogadores nesses momentos críticos.

Os resultados paralelos foram preocupantes: Cruzeiro perdeu, mas São Paulo e Palmeiras venceram. São Paulo é o novo líder, e o Grêmio caiu para 3.º e agora até a vaga na Libertadores 2009 está ameaçada (coisa que não se cogitava há pelo menos 17 rodadas, quando o Grêmio assumiu a liderança perdida nesta rodada).

Próximo jogo é quase derrota certa: contra o Palmeiras no Parque Antártica. O próprio Odone admitiu que o Grêmio é zebra nesse jogo, no qual não contará com nenhum zagueiro titular (todos suspensos ou lesionados).

GRÊMIO: Victor; Thiego, Léo (Paulo Sérgio, 14'/1°) e Réver; Mattioni, Amaral, Makelele (Douglas Costa, 22'/2°), Tcheco e Souza; Perea e Reinaldo (Marcel, 22'/2°) . Técnico: Celso Roth.

FIGUEIRENSE: Wilson; Alex, Bruno Perone e Asprilla; Diogo, Gomes, Cleiton Xavier, Ramon (Anderson Luís, 24'/2°) e Marquinho; Bruno Santos (Alex Kazumba, int.) e Tadeu (Wellington Amorim, 31'/2°). Técnico: Mário Sérgio.

Gols: Marquinho (F), aos sete minutos e Reinaldo (G), aos 46 minutos do primeiro tempo. Cartões amarelos: Mattioni, Perea, Thiego, Réver (G); Gomes, Marquinho, Diogo, Asprilla, Kazumba, Alex, Wellington Amorim, Cleiton Xavier (F). Expulsões: Mattioni (G); Lima (F), no banco de reservas. Arbitragem: Jailson Macedo Freitas, auxiliado por Adson Márcio Lopes Leal e Belmiro da Silva (trio da Bahia).

Grêmio 3x0 Sport (Série B, 31.ª rodada, Arena do Grêmio, 20.09.2022, 19:00)

 Com Renato de volta à casamata gremista, e após a vitória contra o Vasco, a expectativa era de como o Grêmio se portaria nos jogos fora de ...