quinta-feira, 21 de abril de 2022

Grêmio 3x1 Guarani (Brasileirão Série B, 3.ª rodada, Arena do Grêmio, 21.04.2022, 16:30)


Passou-se a semana entre os jogos em casa contra Chapecoense e Guarani com críticas ao trabalho de Roger. Não ajudaram no clima as entrevistas pós-jogo do treinador e do vice de futebol, Denis Abrahão. E as coisas não melhoraram com a entrevista coletiva do Romildo. O presidente se manifestou após o Grêmio se encontrar na zona do rebaixamento da Série B, após duas rodadas: sem pontos, sem gols. Deixou pendente ainda a questão de largar a presidência do Grêmio para disputar as eleições para governador do estado. Francamente, talvez seja o caso, mas a coisa pode ficar pior, dependendo de quem assumir o cargo.

Ferreira não vem rendendo desde o retorno após lesão muscular. Diz-se que não está plenamente recuperado, tem dores, então foi afastado por mais um tempo. Benítez e Gabriel Silva foram cogitados. Mudanças certas na escalação: Edílson e Nicolas nas laterais, e Diego Souza no ataque.

No feriado de Tiradentes, saí de casa pouco menos de uma hora antes da bola rolar às 16:30. Dessa vez, resolvi não estacionar no E2, pois na saída de jogo a EPTC tem feito aquela sacanagem de mandar os carros para a Rodovia do Parque, bloqueando a saída para a Voluntários. Então fui vendo os guardadores acenando, e decidi na hora estacionar na Voluntários. O preço é a metade do E2, e já fica na saída. Fiz a aposta, e na saída de jogo vi que fui bem. A senhora que cuida daquele espaço ainda estava ali ao final, e foi cordial na entrada e na saída. Valeu a pena, já estava na Voluntários e em pouco tempo estava na rota de volta pra casa.

Entrei na Arena pouco antes do Hino Nacional, e me postei atrás da goleira do Guarani, mais pro lado do escanteio do ataque gremista.

O jogo começou como sempre deveria começar: Grêmio marcando em cima, e gol no início. Superando desconfianças, Biel (Gabriel Teixeira) roubou uma bola da defesa e proporcionou o ataque para Diego Souza abrir o placar, pouco mais de 1min de jogo.

Estávamos aliviados com o primeiro gol na competição, e parecia que a jornada seria tranquila. O estranho foi que o Guarani conseguiu diversas situações no ataque. E o Grêmio parece que tinha ficado naquilo mesmo, foi o gol e pronto. Aos 15min Edílson já tinha saído, com algum problema muscular. Entrou Rodrigo Ferreira, lateral vindo do Mirassol, e particularmente achei que esse cara entrou bem e deve ser titular. Tem pique pra correr, e mesmo tocando pouco na bola, deu pra ver que acerta cruzamentos (ao longo do jogo, no entanto, reparei que foi pouco acionado). 

Aos 25min o Guarani chegou ao empate, num momento que a torcida gremista cantava alto.

O jogo se arrastava para o intervalo, Lucas Silva tentou (assim como no jogo passado contra a Chapecoense) calar os críticos com um chute de longa distância (dizem, com razão, que Lucas Silva tem fama de bom batedor em chutes de longa distância, mas na realidade ele não tem gols, nem boas conclusões). 

Diego Souza fez o segundo gol, com estilo matador. Nessa hora pensei que nos momentos de chances de gol, para Diego Souza ele deve pensar “vou fazer esse”. Ao passo que para os demais jovens atacantes gremistas (Elias, Ricardinho, Biel, Ferreira, Janderson, etc) a ansiedade pega, e os caras devem pensar “e agora, sobrou pra mim, livre, será que ou fazer esse?”. Na coletiva pós-jogo, Roger definiu melhor: na hora do gol, o bpm de Diego Souza diminui, e para os outros atacantes jovens, o bpm sobe.

O placar parcial de 2x1 deu tranquilidade para o intervalo, e o sistema de som tocou “Symphony of Destruction” do Megadeth (primeira vez que ouço essa na Arena, pois geralmente a trilha de rock é Metallica, Guns, AC/DC, Foo Fighters). Foi uma sonzeira, e depois emendou com “Enter Sandman”.

Roger estava com sorte: lesão de Ferreira tinha proporcionado o ingresso de Biel, que só nesse primeiro tempo, fez mais que o camisa 10 no semestre todo. A lesão de Edílson proporcionou o ingresso de Rodrigo Ferreira, que é um lateral mais inteiro, sem perda de qualidade. Para o segundo tempo, Roger trocou Campaz por Elias, e aí achei que o time estava equilibrado e embalado. Elias tem melhor contribuição na marcação, e tem capacidade de sair para o ataque com velocidade (Campaz, aparentemente, só tem a qualidade no chute, que raras vezes se traduz em gol).

Achei bom o time com essa escalação. Mesmo com Brenno fazendo umas três ou quatro defesas difíceis durante a partida, fato é que o Grêmio construiu muitas chances de gol. Fez o 3x1, mais uma vez com Diego Souza, e o placar poderia ter sido mais elástico, dada a produção ofensiva (só faltou pontaria para os jovens atacantes - Elias perdeu uma chance no começo do segundo tempo, após grande arrancada de Biel; Janderson, quase no final de jogo, criou uma oportunidade para si próprio e quase fez gol).

Com a atuação de hoje, Roger conseguiu, no campo, demonstrar que tinha  a sua razão para manter os três volantes. Foi muito criticado por defender esse sistema após a derrota para a Chapecoense, ao preconizar que com três volantes o time tinha criado muitas chances de gol. Para mim, mesmo depois das substituições (mas mantidos os mesmos três volantes), o Grêmio atacou e criou chances até o final. Poderia ter feito muitos gols, não fossem as chances desperdiçadas (menos mal que não fizeram falta, pois o placar ficou em 3x1).

Tem quem não goste do Roger, e de como ele se expressa nas coletivas, mas me parece que se ele tiver sequência em algum time (agora, no caso, o Grêmio), é provável que os jogadores assimilem as informações e raciocínios ao longo do tempo. Na primeira vez de Roger, o time sofria muitos gols, especialmente na bola aérea. Mas implantou um estilo de jogo, que teve sequência com Renato, e aperfeiçoado rendeu títulos. Dessa vez, o treinador teve que adequar esquema às peças e qualidade disponíveis. Conseguiu em pouco tempo melhorar o rendimento que o time de Vágner Mancini vinha apresentando, ganhou um Grenal fora de casa com atuação convincente, e foi campeão incontestável do Gauchão 2022. A largada na Série B não foi boa. Mas Roger alertou que não é babá de jogador, e na coletiva pós-jogo deu exemplos de quando era jogador, citando até o Celso Roth (o cara fazia ele treinar cobranças de falta após os treinos, embora não houvesse chances para ele cobrar faltas durante as partidas. A ideia era aperfeiçoar a batida, que seria a mesma na hora dos cruzamentos). Foi dito expressamente, ainda, que Diego Souza está dispensado da tarefa de marcar os adversários, e isso vai sobrecarregar outro setor. Pelo que entendi, para ter Diego Souza só para fazer gol, o time precisa dos três volantes. E bem ou mal, as oportunidades de gol estão sendo criadas, com Bitello jogando como “falso meia”. A competição é longa e difícil, e os ajustes estão sendo feitos. Possivelmente Campaz começa a perder a titularidade, pois o time ganha mais com Elias (sobretudo quando o cara engrenar e ajudar na artilharia). Nem conto com Elkeson neste momento: não joga desde novembro 2021, já tinha problemas de condicionamento físico, então para mim se ele jogar alguma coisa já vai ser lucro. Benitez parece que perdeu espaço. E Biel achei que joga mais que Ferreira.

Próxima rodada é fora de casa, contra Operário-MT.

Série B - 3ª rodada - 21/04/2022

Grêmio 3x1 Guarani

GRÊMIO: Brenno; Edílson (Rodrigo Ferreira, 14’/1ºT), Geromel, Bruno Alves e Nicolas (Diogo Barbosa, 30’/2ºT); Villasanti, Lucas Silva e Bitello; Biel (Janderson, 23’/2ºT), Campaz (Elias, INT) e Diego Souza (Ricardinho, 30’/2ºT). Técnico: Roger Machado.

GUARANI: Kozlinski; Diogo Mateus (Lucas Ramon, 33’/2ºT), João Victor, Derlan e Matheus Pereira; Leandro Vilela (Índio, 22’/2ºT) e Rodrigo Andrade; Júlio César (Yago, 22’/2ºT), Giovanni Augusto (Marcinho, 37’/2ºT) e Bruno José; Lucão do Break (Nicolas Careca, 22’/2ºT). Técnico: Daniel Paulista.

Gols: Diego Souza (Gr), aos 1 e 39, e Matheus Pereira (Gu) aos 25 minutos do primeiro tempo; Diego Souza (Gr) aos 14 do segundo tempo

Cartões amarelos: Diego Souza, Villasanti (Gr); Derlan,  Giovanni Augusto, Rodrigo Andrade, Matheus Pereira e Leandro Vilela (Gu)

Público e Renda: 22.649 (21.313 pagantes). R$ 869.039,00

Arbitragem: André Luiz de Freias Castro, auxiliado por Edson Antônio de Sousa e Hugo Xavier Correa (trio goiano). VAR: Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC).

Próximo jogo

Série B — 4ª rodada

27/04/2022 — 19h

Operário x Grêmio


sábado, 16 de abril de 2022

Grêmio 0x1 Chapecoense (Brasileirão Série B 2022, 2.ª rodada, Arena do Grêmio, 15.04.2022, 19:00)


 Para o início da Série B houve mudanças no elenco: saíram Orejuela (devolvido para São Paulo, que já repassou), Churin (para Atlético-GO), Jean Pierre (emprestado para time da Turquia, descobriu-se um tumor no testículo, fez tratamento, voltou, e se encaminhou para o Avaí), Rildo (Bahia). Vieram ex-gremistas Edilson (ex-Avaí, estava sem clube), Ricardinho, Thaciano (ainda pendente), Elkeson (parado desde novembro de 2021, vindo da China), Natã (um dos melhores zagueiros do Gauchão 2022, estava emprestado para Aimoré). Veio ainda Gabriel Teixeira, atacante de velocidade, do Fluminense (pedida do Roger). Tetê não veio (saiu do Shacktar para o Lyon, que não aceitou emprestá-lo por três meses para o Grêmio).

A estreia foi fora de casa, contra a Ponte Preta. Esperava um jogo difícil, mas acreditava em vitória, pois o time está com moral alta pelo título no Gauchão 2022. Mas o resultado foi um empate sem gols, pênalti perdido por Lucas Silva, e muitas críticas pelas chances desperdiçadas. Opiniões unânimes de que deixou dois pontos perdidos.

Série B - 1ª rodada - 9/4/2022

Ponte Preta 0x0 Grêmio

PONTE PRETA: Caíque França; Bernardo, Thiago Oliveira, Fabrício e Artur; Felipe Amaral (Moisés Ribeiro, 24’/2ºT), Léo Naldi, Wesley (Igor Formiga, 24’/2ºT), Matheus Anjos e Fessin (Nicolas, 16’/2ºT); Danilo Gomes (Echaporã, 21’/2ºT). Técnico: Hélio dos Anjos.

GRÊMIO: Brenno; Rodrigues, Geromel, Bruno Alves, Diogo Barbosa; Villasanti, Lucas Silva e Bitello (Gabriel Silva, 33’/2ºT); Campaz (Gabriel Teixeira, 22’/2ºT), Ferreira (Janderson, 33’/2ºT) e Elias  (Ricardinho, 23’/2ºT). Técnico: Roger Machado.

Cartões amarelos: Wesley e Bernardo (P); Gabriel Teixeira, Diogo Barbosa e Rodrigues (G).

Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.

Público e Renda: 5.205 (4.655 pagantes). R$ 130.400,00.

Arbitragem: Paulo Roberto Alves Junior, Ivan Carlos Bohn e Victor Hugo Imazu dos Santos (trio paranaense); VAR: Rodrigo de Miranda (Rio de Janeiro).


Roger manteve o time mais uma vez para o primeiro jogo na Arena, contra a Chapecoense, em 15.04.2022 (feriado de Páscoa). Durante a semana ficou-se debatendo o tipo de jogo do time do Roger, que geralmente deixa o adversário jogar com a bola (ter mais posse), e aproveitar os espaços e fazer gols nos erros e nos contra-ataques. Mas como seria no caso de times que não vão propor o jogo, nem ficar com posse de bola? Times que vem para se retrancar?  Bitello foi um grande valor revelado esse ano, e Villasanti parece que encontrou seu lugar como primeiro volante, então o dilema é manter Lucas Silva ou escalar um jogador mais jovem, ainda sem experiência, mas com aptidão melhor para o jogo, como Gabriel Silva. Roger tem mantido Lucas Silva, e pelo que entendi, ele está preparando o Gabriel Silva para amadurecê-lo no decorrer da competição.

Sai para a Arena depois de 18:15, me desloquei rápido até perto do Estádio, quando me surpreendi com as filas na rampa da Gremiomania, e sobretudo, as filas enormes de carros para o E2 (não tinha visto nenhuma fila esse ano, nem no Grenal, nem na final contra o Ypiranga). Pelo menos a fila na rampa oeste já estava tranquila e encontrei um lugar para acompanhar o jogo pouco depois do Hino Nacional.

Lucas Silva continua sendo um dos jogadores mais acionados. Villasanti apareceu bem, e pensei se não devia ele ocupar o lugar de Lucas Silva, e algum outro ser o primeiro volante. O cara tem mais pique. Rodrigues deu contribuição defensiva, mas tanto acertou cruzamento, como errou dominada de bola (e chutou longe para a torcida, o que pegou mal para os que estavam perto de mim). Campaz também deu uma roubada de bola importante numa saída de ataque da Chapecoense. Mas nas cobranças de escanteio ele é irregular, e é sempre acionado para a cobrança do lado direito, para cobrar com o pé esquerdo. A primeira cobrança foi fraca, no meio das pernas da defesa do time visitante. Parece sem força, muitas vezes, e aí entendo a irritação de parte da torcida com o cara. Mas ao mesmo tempo, ele quase acertou um chute de sem pulo no meio da área, e cobrou uma falta que exigiu grande defesa do goleiro adversário. Ferreira mostra muita energia, sempre tenta a jogada individual, mas não está em boa fase. No primeiro tempo, o Grêmio dominou, mas não conseguiu concluir com competência que a gente gostaria. Fiquei com a impressão de que a Chapecoense estava bem preparada para neutralizar o esquema do Roger. E que o time não tinha repertório para sair dessa retranca.

A esperança era o segundo tempo, e Roger começou as alterações aos 10min, com as estreias de Ricardinho e Edilson nos lugares de Elias (lutou muito, mas não foi efetivo) e Rodrigues. Mais 10min e entraram Biel (no lugar de Campaz) e Gabriel Silva (saindo Lucas Silva). Parecia que as coisas iam engrenar, mas foi a Chapecoense quem fez o gol, aos 30min do segundo tempo. Não vi nada do gol, pela minha visão de jogo, mas o Diogo Barbosa passou a ser vaiado cada vez que tocava na bola, então pode ser que ele tenha falhado no lance.

O jogo se arrastou até o final. Ricardinho não teve pênalti assinalado (o Var nem chamou), apesar do cara ter sido atingido no rosto e teve o sangramento estancado com uma bandagem na testa. Final de jogo teve vaias, aplausos, e os caras da Chapecoense agradecendo ajoelhados com as mãos para o céu.

SÉRIE B — 2ª RODADA — 15/04/2022

GRÊMIO: Brenno; Rodrigues (Edilson, 13’/2ºT), Geromel, Bruno Alves e Diogo Barbosa; Villasanti, Bitello (Kevin Quejada, 33’/2ºT) e Lucas Silva (Gabriel Silva, 21’/2ºT); Campaz (Biel, 20’/2ºT), Ferreira e Elias (Ricardinho, 13’/2ºT). Técnico: Roger Machado

CHAPECOENSE: Vagner; Ronei, Léo, Victor Ramos e Fernando; Marcelo Freitas, Betinho (Matheus Bianqui, 10’/2ºT), Luizinho (Orejuela, INT), Lima (Derek, 21’/2ºT) e Maranhão (Claudinho, 21’/2ºT); Perotti (Xandão, 36’/2ºT). Técnico: Gilson Kleina

GOLS: Matheus Bianqui (C), aos 30 do 2º tempo

CARTÕES AMARELOS: Luizinho, Victor Ramos (C)

PÚBLICO E RENDA:23.500 (22021 pagantes). R$ 975.461,00

ARBITRAGEM: Edina Alves Batista, auxiliada por Marcelo Van Gasse e Alex Ang Ribeiro VAR:José Cláudio Rocha Filho (quarteto de São Paulo)

domingo, 3 de abril de 2022

Grêmio 2x1 Ypiranga (Gauchão 2022, final, Arena do Grêmio, 02.04.2022, 16:30 - Grêmio pentacampeão gaúcho)

Depois da derrota de 0x1 para o Inter na Arena, inevitavelmente, todo mundo pegou no pé do Thiago Santos: com ele em campo, o time de Roger perde e toma gols; com ele fora do time, o Grêmio joga bem, faz gols e sai vencedor. Pode não ser culpa do cara, mas essa estatística implacável foi muito comentada.

Mas para o primeiro jogo da final, contra o Ypiranga, no sábado, em Erechim, não havia essa preocupação: Villasanti, a serviço da seleção do Paraguai, entrou no segundo tempo e tomou cartão amarelo no final do jogo, e assim ficou suspenso para o jogo seguinte da seleção. Com isso, ele já voltou do compromisso das Eliminatórias e estava em condições de voltar ao time do Roger.

O jogo foi às 16:30, e não acompanhei. Soube que o gol de Lucas Silva, de pênalti (sofrido por Churin), saiu nos acréscimos. Além disso, muitos elogiaram Campaz, e Diego Souza, por outro lado, começa a ser criticado por imobilidade em campo. Seja como for, o placar dá uma boa vantagem ao Grêmio, que decide no próximo sábado, o título do Gauchão 2022 contra o Ypiranga, que teve a melhor campanha na fase classificatória.


GAUCHÃO - FINAL (IDA) - 26/03/2022

YPIRANGA 0X1 GRÊMIO

YPIRANGA: Edson; Gedeílson (Guilherme Amorim, 34'/2ºT), Carlos Alexandre, Bispo e Diego Porfirio; Lorran (Robson, INT), Falcão, Luiz Felipe (Cesinha, INT), Marcelinho (Jefferson, 38'/2ºT) e Erick; Hugo Almeida (Gabriel Rossetto, 47'/2ºT). Técnico: Luizinho Vieira.

GRÊMIO: Brenno; Rodrigues, Geromel, Bruno Alves e Diogo Barbosa; Villasanti, Lucas Silva, Bitello (Vini Paulista, 34'/2ºT), Elias (Janderson, 24'/2ºT) e Campaz (Gabriel Silva, 24'/2ºT); Diego Souza (Diego Churín, 34'/2ºT). Técnico: Roger Machado.

Gols: Lucas Silva (G) aos 47 minutos do segundo tempo.Cartões amarelos: Bispo, Edson e Marcão (Y); Bitello e Geromel (G)Local: Estádio Colosso da Lagoa, em ErechimPúblico e renda: não divulgado.Arbitragem: Anderson Daronco, auxiliado por Jorge Eduardo Bernardi e Maíra Matella Moreira. VAR: Bráulio da Silva Machado (SC).


Agitou bastante a torcida a expectativa pela contratação de Tetê. O cara, que foi revelado na base gremista, mas vendido sem atuar no time principal para o Shaktar Donetsk, está com contrato suspenso e pode mudar de time, devido à guerra na Ucrânia (invasão da Rússia). A ideia é que ele se transfira pra outro clube europeu, e atue no Grêmio por três meses (ou 15 rodadas da Série B), sem custo, nem de salários.

Churín está de saída para o Atlético-GO, e houve negociações para a vinda de Elkeson, atualmente sem time, que está há muitos anos na China, e Gabriel Teixeira, atacante de velocidade do Fluminense.

A vantagem no primeiro jogo da final meio que antecipou um clima de já ganhou, que a imprensa não disfarçou. E eu também estava de sangue doce, e só em alguns instantes pensei na possibilidade do Ypiranga virar o jogo e sair vencedor, o que era improvável, mas nada impossível.

A mobilização para o jogo foi grande. Saí pouco mais de uma hora antes das 16:30, e o Waze indicava bastante trânsito perto da Arena. E quando vi uma fila de carros na Dona Teodora, resolvi seguir os caminhos alternativos do Waze, e aí que passei pelas ruas estreitas com pessoas caminhando, e nas proximidades da Arena, aí sim, a galera concentrando para o jogo, os vendedores ambulantes (fiquei de olho no cavalinho gremista, que há muito não via pra vender, e queria trazer pra minha filha), e as coisas pareciam ter realmente ficado complicadas para estacionar. De algum jeito o fluxo foi indo, e consegui chegar na rótula e entrei no E2 pela entrada da Brentano mesmo, e estacionei mais ou menos perto, antecipando que na volta pra casa eu pegaria essa mesma entrada para sair.

A pé por todo o E2, finalmente cheguei perto da rampa que geralmente entro, da arquibancada norte, mas a fila era enorme. Resolvi apostar, e segui até a rampa seguinte. A fila era muito menor e em seguida eu tava na esplanada. Aí encontrei filas enormes nos portões. Segui até o meu, apressando o passo, pois tinha menos de 10min pra bola rolar, e entrei rápido.

Consegui um lugar na última cadeira da última fileira pra direita do ataque gremista no primeiro tempo. Acompanhei os times entrando em campo, o hino do Rio Grande do Sul, e todo o primeiro tempo ali.

O jogo foi muito difícil. O Ypiranga estava preparado e muito firme na marcação, e nas tentativas de saída para o jogo. Vi Lucas Silva, Elias, e Villasanti muito combativos. Não reparei no Bitelo, apesar do cara ter sido elogiado a ponto de ser escolhido melhor em campo, e melhor do Gauchão. Acho que eu ainda confundo ele com outros jogadores (possivelmente pelo local onde assisto, não enxergo os números nas camisetas - e todos os caras têm duplos dígitos nas costas, é difícil distinguir). O Rodrigues é combativo na marcação e tem energia, mas em alguns passes que ele tentou dar, ou dominadas de passes recebidos, aí entendi parte das críticas que vi nas redes sociais. Seja como for, o cara não compromete na defesa, e foi um baita acréscimo no time, considerado o titular anterior da posição (Orejuela já saiu).

Ferreira tentou jogadas agudas o tempo todo, mas me parece que ainda sente ritmo de jogo. O cara tem que ter pique pra fazer toda a jogada de drible e arrancada sobre o adversário, e chegar inteiro pra concluir. Reparei que ele é o alvo preferido para provocações. Já tinha sido assim com o Inter, e agora o camisa 6 do Ypiranga pegou no pé do Ferreira e os dois ficaram um tempão se empurrando, com provocações, e a coisa realmente estava esquentando, até que o Vuaden foi avisado e deu cartão amarelo pros dois. Como o Ferreira joga do lado esquerdo, e estava no direito só por um momento, não teve mais confusão. Alguma coisa deve ter que os times ficam querendo provocar o Ferreira, e penso que pode ser coisa local, dos times gaúchos, e que na Série B não deve rolar. O nível de rivalidade do Grêmio para os demais times da Série B é em outro patamar, então me parece que não tem razão esse tipo de provocação direcionada para um jogador destacado e talentoso, como é o Ferreira.

O gol saiu no final do primeiro tempo, com cobrança de falta na trave, e Bruno Alves estava esperto para pegar o rebote.

O 1x0 deu tranquilidade, pois consolidava a vantagem. O segundo tempo também foi de jogo difícil. O 2x0 veio num lance que o Rodrigues concluiu, mas o Vuaden anulou o gol. O jogo ficou interrompido por longos minutos par análise do VAR. Eu estava conformado com o gol anulado, mas com a demora, comecei a achar que deveria ter sido gol mesmo. Estranhamente o Vuaden apontou o centro do campo e deu o gol - eu achei que ele seria chamado para ver o gol na televisão, e por conta própria decidir que o gol tinha valido, ainda mais que na hora do lance ele tinha anulado o gol. Então ficou estranho, o jogo parado, aí o cara ouve o VAR dizer que foi gol, e aí ele aponta pro centro do campo e dá o gol. Enfim, Arena e o time comemoraram muito. 

Foi bonito a torcida cantando “é campeãaaaaao˜, ou “o Grêmio vai sair campeãaaaaao”, mas logo em seguida o Ypiranga descontou e ficou 2x1 (não vi o gol, estava curtindo a vibe do estádio).

A partir daí o relógio andou, e o jogo parou bastante. A torcida respeitou o Ypiranga, pois o jogo ainda não estava decidido. Mas quando o fim do jogo se aproximou, o placar parecia irreversível, e aí veio a festa da torcida: galera ligou a lanterna do celular, e cantou “já chegou a hora”.

Fim de jogo, hino do Grêmio, e fiquei até o Geromel levantar a taça do Gauchão. O cara teve mais uma atuação segura, dando carrinho na bola, se antecipando daquele jeito clássico dele.

Rapidamente cheguei no carro, ia sair por onde entrei, mas fui avisado que pela Brentano já tinha muita gente na rua. Então saí pela outra entrada, e dessa vez a EPTC fez o certo e liberou a saída dos carros pela Voluntários. Tinha bem pouca gente na rua, então os carros rapidamente saíram pela Voluntários. Foi o jogo de 40mil que fiquei até o final e saí mais rápido do estacionamento.

O título do Gauchão foi muito comemorado e celebrado, principalmente pelo ano decepcionante de 2021 (após o Gauchão 2021 parece que o Grêmio só perdeu). É animador ver que o time tem jogadores empolgados (Lucas Silva, Villasanti, Geromel) e novatos dando resposta positiva (Bitelo, Elias), e percebo que os caras têm usado as redes sociais para interagir com a torcida,

Roger Machado teve muito mérito na conquista. O cara teve praticamente o mesmo elenco do Wagner Mancini, mas fez alterações importantes, como arrumar o meio-campo (a dupla Thiago Santos e Lucas Silva deu lugar ao trio Villasanti, Lucas Silva e Bitelo), com duas grandes sacadas: a partir da dica do Arce, escalou Villasanti como primeiro volante, e ao observar o jogo fora de casa contra o União Frederiquense, apostou em Bitelo e Gabriel Silva (esse ainda se adaptando ao time titular), tendo notado que os guris mostraram o seu futebol, sem se intimidar com a escalação do time, ou a posição na tabela. Tenho a impressão de que com o Mancini ainda estaríamos remando naquelas escalações, com resultados suados, e evolução lenta. É difícil estar na posição do cara, pois ele estava dirigindo o time durante o rebaixamento, e com pressão para acertar na largada de 2022, e com grande compromisso de voltar para a Série A, é possível que o cara não tivesse a cabeça limpa o suficiente da pressão para poder pensar nas coisas que poderiam dar certo com o time. Veio o Roger, sem nada com o rebaixamento, e na primeira partida o cara se deu bem com a nova escalação, e pode refinar o esquema até a final do Gauchão.

Tenho expectativa de que para a Série B o Grêmio faça boa campanha, independente dos reforços. Mas reforços virão, e agora já se especula sobre a janela de julho, de maneira que o time que vai começar a competição já está por aí, e os reforços de maior calibre pode ser que cheguem na metade do ano.

A competição já começa na semana que vem, fora de casa, contra a Ponte Preta.


GAUCHÃO — FINAL (VOLTA) — 2/4/2022

GRÊMIO: Brenno; Rodrigues, Geromel, Bruno Alves e Diogo Barbosa; Villasanti, Lucas Silva (Thiago Santos, 49’/2ºT) e Bitello (Benítez, 49’/2ºT); Campaz (Janderson, 35’/2ºT), Elias (Churín, 35’/2ºT) e Ferreira (Gabriel Silva, 38’/2ºT). Técnico: Roger Machado

YPIRANGA : Edson; Gedeílson, Carlos Alexandre, Bruno Bispo e Diego Porfírio; Lorran (Robson, 18/2ºT, depoisJefferson, 35’/2ºT) e Falcão; Matheus Santos Gabriel Rossetto, 35’/2ºT), Marcelinho (Cesinha, INT) e Erick; Hugo Almeida (Rodrigo Carioca, 13’/2ºT). Técnico: Luizinho Vieira

GOLS: Bruno Alves (G), aos 45min do 1º tempo; Rodrigues (G), aos 29min, Erick (Y), aos 33min do 2º tempo

CARTÕES AMARELOS: Ferreira (G); Diego Porfírio, Falcão (Y)

PÚBLICO PAGANTE: 41.913

PÚBLICO TOTAL: 43.889

RENDA: R$ 3.244.443,00

ARBITRAGEM: Leandro Pedro Vuaden, auxiliado por Rafael da Silva Alves e Tiago Augusto Kappes Diel. VAR: Adriano Milczvski (PR). 




Grêmio 3x0 Sport (Série B, 31.ª rodada, Arena do Grêmio, 20.09.2022, 19:00)

 Com Renato de volta à casamata gremista, e após a vitória contra o Vasco, a expectativa era de como o Grêmio se portaria nos jogos fora de ...