quarta-feira, 28 de março de 2007

Tuta é gol (GRÊMIO 1X0 TOLIMA, Libertadores 2007, Estádio Olímpico, 27.03.2007, 21h45min)

Para manter suas chances de passar à próxima fase da Libertadores, o Grêmio precisava vencer o Tolima no Olímpico, após a derrota na rodada passada na Colômbia. Após o jogo de sábado contra o Guarani-VA, no qual foi escalado o time reserva, Mano fechou o Estádio e promoveu os tradicionais treinos secretos. A equipe seria reforçada com o reingresso de Edmílson e Tuta; o centroavante fez muita falta pela sua presença no ataque. Os jovens atacantes Aloísio, Everton e Carlos Eduardo não têm a mesma força, experiência e futebol do centroavante recuperado de lesão: os três não conseguiam fazer a bola parar no ataque. Mano acabaou tirando Diego Souza do time em favor do onipresente Ramon.

Chegamos com boa antecedência ao Estádio e conseguimos um lugar legal. Antes da bola rolar ainda encontrei o Pablo, Rinaldo, Ricardo e Jaques.

Na entrada das equipes em campo, o Tolima se superou ao se apresentar com um cara vestido com uma fantasia amarela, escudo e espada. O Grêmio iniciou o jogo como se esperava: no ataque. Não demorou e William chutou uma bola na rede pelo lado de fora:



Mas o Tolima veio com uma marcação no melhor estilo Libertadores: feia e suja. Os caras chegavam dando coices em todas as divididas, e parecia que não estavam se tremendo para a pressão da torcida. Não por acaso o Grêmio acabou diminuindo o ritmo e aí os erros - já corriqueiros e irritantes - de passes apareceram. Lucas e Tcheco, especialmente, erraram passes bizarros e criaram contra-ataques perigosos do adversário. Pelo lado positivo, Saja teve a atuação segura de sempre e Schiavi, finalmente, jogou um partidaço. Até Ramon conseguiu umas jogadas boas só que na marcação - jamais em jogadas de ataque.

O repórter da Gaúcha, Luciano Périco, passou todo o jogo do nosso lado. E lá pelas tantas ele atacou o meu pai (o cara vem de surpresa mesmo; sempre achei que ele combinava as entrevistas previamente), e perguntou algo sobre o jogo. O meu pai só teve tempo de dizer o óbvio, que o Grêmio conseguiria vencer e que o Tolima não era um grande time. Alguns minutos depois, precisamente aos 20 min, Tuta marca o gol numa jogada incrível de puro oportunismo: num cruzamento pela direita, o cara, na pequena área, conseguiu aparar com a perna esquerda e numa virada rápida chutou no contrapé do goleiro colombiano. Depois da comemoração o meu pai ainda falou para o repórter que "é timinho, não adianta eles virem com índio, rei momo, ou coisa parecida"; o repórter aproveitou a deixa e em seguida entrevistou um cara atrás de nós e perguntou algo sobre o "mascote" do Tolima.



O gol trouxe alívio. Mas a equipe afrouxou ainda mais a marcação, e o Tolima passou a exercer alguma pressão. No final do 1.º tempo, Edmílson e Tcheco tiveram forte discussão.

No início do 2.º tempo o Grêmio voltou revigorado depois de uma bronca de Mano no vestiário. Numa sacada só perdeu três chances (duas defesas do goleiro e um chute pra fora):



O Tolima não ofereceu qualquer ameaça na etapa final, mesmo com alguns erros de passes e jogadas equivocadas do meio-campo do Grêmio. Os atacantes tricolores, por sua vez, enfileiraram chances desperdiçadas. Lucas perdeu um gol incrível na pequena área:



Mano promoveu alterações para acalmar o jogo, que chegou a ser interrompido por instantes em razão de fumaça em campo. No final, valeu o resultado e a boa atuação de Tuta, sobretudo diante da fraca atuação da equipe (ainda preocupante).

GRÊMIO 1 X 0 DEPORTES TOLIMA

GRÊMIO: Saja, Patrício, Schiavi, William e Lúcio; Edmílson, Lucas, Tcheco, Ramon (Diego Souza) e Carlos Eduardo (Teco); Tuta (Douglas). Técnico: Mano Menezes.

DEPORTES TOLIMA: Julio, Vallejo, Cuenú, Cambindo e Sinisterra; González (Rolong), Patiño, Anchico (Quintero), Escobar e Chárria; Perlaza. Técnico: Jaime de la Pava.

Árbitro: Martín Vásquez (URU), Mauricio Espinosa (URU) e Pablo Fandiño (URU)
Cartões amarelos: Patiño, Cuenú e González (Tolima); Tcheco, Edmílson, William, Lúcio, Schiavi e Lucas (Grêmio)
Gol: Tuta, aos 21 minutos do primeiro tempo

sábado, 24 de março de 2007

GRÊMIO 1x0 GUARANI-VA (Gauchão 2007, Estádio Olímpico, 24/03/2007, 18h10min)

Para o jogo contra o Guarani-VA, Mano resolveu escalar a equipe reserva, com o reforço de Edmílson e Tuta, que retornaram após um longo período de recuperação de lesão. Outro destaque foi a escalação de Gavilán no meio-campo.

Nessas condições, o jogo atraiu pouco público e pudemos nos instalar confortavelmente no Estádio. O Grêmio veio a campo com camisas brancas (no jogo passado, as camisas foram azuis, e no outro ainda, a nova bicolor).



O jogo foi muito ruim pois a equipe reserva mostrou os mesmos defeitos dos titulares: erros de passes. Mas, pelo menos, o jogo foi melhor que o contra o Esportivo.

No final do 1.º tempo, aos 46min, quando eu me dirigia ao banheiro (não achava que teria algum lance de perigo), a bola é alçada na área e Jucemar, de primeira, tocou com categoria para o gol.

No 2.º tempo o Grêmio perdeu algumas chances, entre elas uma clara de gol de Tuta. Na hora eu quis acreditar que o cara estava se reservando para o próximo jogo, válido pela Libertadores, contra o Tolima, no qual a vitória seria indispensável.



GRÊMIO 1 x 0 GUARANI-VA

GRÊMIO: Galatto, Jucemar (Sandro Goiano), Pereira, William Thiego e Bruno Teles; Edmilson, William Magrão, Gavilán e Itaqui (Douglas); Jhonatan (Everton) e Tuta. Técnico: Mano Menezes

GUARANI-VA: Fabiano, Rogério, Lovatto, Ricardo e Cassiano (Rafael); Deivid, Ademir (Jeison), Marcos Rogério e Luiz Fernando (Jonathan); Juninho Botelho e Gavião. Técnico: José Luís Plein

Árbitro: Vinicius Costa, Vili Tissot e João Kafrouni
Cartões amarelos: Everton (Grêmio); Marcos Rogério, Lovatto, Ademir e Gavião (Guarani-VA)
Gol: Jucemar, aos 46 minutos do segundo tempo

quarta-feira, 21 de março de 2007

GRÊMIO 1x2 ESPORTIVO (Gauchão 2007, Estádio Olímpico, 21/03/2007, 19h30min)

De volta ao Gauchão, o Grêmio teve uma partida muito fácil contra o Caxias, no Centenário, no domingo 18.03.2007; ao final do jogo, vencido por 3x1, Mano disse às rádios que a maneira de jogar do Grêmio era a mesma tanto na Libertadores como no Gauchão, diferindo apenas a qualidade dos adversários.

Seja como for, para a partida contra o Esportivo, diante da expulsão de Patrício em Caxias, promoveu-se a estréia do volante Gavilán na lateral-direita. Além disso, confirmou-se a contratação de Kelly. Por fim, o jovem goleiro Cássio, que nem está inscrito para a Libertadores, mas foi destaque na Seleção sub-20, foi chamado por Dunga para os próximos amistosos da Seleção principal.

Chegamos bem atrasados ao Estádio e, com o pouco público, pudemos escolher bem o assento. O Grêmio jogava bem lentamente, e parecia controlar o jogo. Até que aos 22 min, Tcheco recebeu, avançou e resolveu arriscar de longe - o primeiro gol dava a impressão de que a partida seria muito fácil.



O Grêmio continuou no ataque mas perdeu chances incríveis como essa do Everton.



No final do 1.º tempo, o Esportivo empatou o jogo.

Para o 2.º tempo parecia que o Grêmio tinha voltado com mais disposição. Lucas chegou a tomar iniciativa de marcar a saída de bola do goleiro - e complicou a defesa inteira do Esportivo. Mas ficou nisso. Carlos Eduardo perdeu uma chance incrível, em posição legal, na pequena área, de cara para o gol.



A equipe de Bento, por sua vez, também perdeu algumas chances, mas aos 29 min acabou concretizando a virada, numa bobeira incrível do Grêmio: Itaqui recém havia ingressado em campo, e na sua primeira jogada perdeu a bola e armou o contra-ataque dos visitantes; Anderson Catatau, eleito melhor em campo, não teve dificuldades de tirar a bola do alcance de Saja.

O Grêmio tentou ir para cima e fazer o gol de empate mas nenhum passe saiu certo, e as conclusões a gol invariavelmente batiam nos zagueiros do Esportivo. Mano tentou de tudo, colocando Diego Souza, Itaqui e Aloísio em campo. Mas fica nítido que a equipe não consegue reagir ou se impor quando um adversário joga um pouco de futebol.

Como se não bastasse a mediocridade da atuação da equipe, Schiavi cometeu um pênalti grosseiro; confiando numa defesa de Saja, acabei filmando uma cobrança no travessão.



GRÊMIO 1 x 2 ESPORTIVO

GRÊMIO: Saja, Gavilán (Diego Souza), Schiavi, William e Lúcio; Nunes, Lucas, Tcheco e Carlos Eduardo (Itaqui); Jhonatan (Aloísio) e Everton. Técnico: Mano Menezes.

ESPORTIVO: Donizetti, Jeferson, Renato, Jonatan e Luiz Carlos; Renan, Sananduva, Caio (Vinicius) e Deivis Thiago; Zé Alcino (Anderson Catatau) e Juliano. Técnico: Beto Almeida.

Árbitro: Leandro Vuaden, José Carlos da Silva Oliveira e André Veras
Cartões amarelos: William e Itaqui (Grêmio); Luiz Carlos, Deivis Thiago e Juliano (Esportivo)Gols: Tcheco, aos 22, e Caio, aos 42 minutos do primeiro tempo; Anderson Catatau, aos 29 minutos do segundo tempo

sábado, 17 de março de 2007

Tropeçando na meia (Tolima 1x0 Grêmio, Libertadores 2007, 1.ª fase, 15.03.2007, 21h30min, Manuel Murillo Toro, Ibagué/Colômbia)

No Gauchão, Mano resolveu que o meio campo deveria contar com um "volante de contenção" (no caso, Nunes) junto com Lucas e Diego Souza, e jogou duas partidas fora de casa: a primeira, em 07.03, contra o 15 de Campo Bom, na qual aplicou 2x0, e a segunda, em 11.03, na qual estava ganhando por 3x0 do São Luiz de Ijuí mas permitiu a reação do adversário - pelo menos não deixou de ganhar por 5x4.

Tudo isso permitiu visualizar as deficiências da equipe quando há falta de concentração.

Mas no jogo contra o Tolima, pela Libertadores, o que se viu foi mais do que falta de concentração: faltou, também, futebol. Não houve quem se salvasse, mas Tcheco, Diego Souza e Ramon - de quem sempre se esperam (ou deveriam esperar) boas atuações - realmente não jogaram nada. O ataque com Ramon e Everton se mostrou inefetivo. A partida poderia ter sido ganha no primeiro tempo, mas para isso seria necessário contar com atacantes confiáveis (Tuta faz muita falta). Os erros de passes - irritantes - e a falta de domínio da bola em muitos lances proporcionaram vários momentos de posse de bola do Tolima.

Assim, o Tolima marcou o gol da vitória com um rebote de Saja nos pés de Perlaza que empurrou para o gol sem dificuldade.

O grupo, agora, está embolado e a classificação nem perto de garantida. Resta torcer para que no 2.º turno, com 2 jogos em casa, os ventos soprem a nosso favor.

DEPORTES TOLIMA 1 x 0 GRÊMIO

DEPORTES TOLIMA: Julio, Vallejo, Cambindo, Cuenú e Sinisterra; Escobar, Anchico, Patiño e Charria (González); Quintero (Rolong) e Perlaza (Savoia). Técnico: Jaime de la Pava.

GRÊMIO: Saja, Patrício, Schiavi, William e Lúcio; Nunes, Lucas, Diego Souza (Carlos Eduardo), Tcheco e Ramon (Aloísio); Everton. Técnico: Mano Menezes.

Estádio: Manuel Murillo Toro, em Ibagué (Colômbia)
Árbitro: Rafael Furchi (ARG), Rodolfo Otero (ARG) e Ricardo Casas (ARG)
Cartões amarelos: Patiño, Julio e González (Tolima); William (Grêmio)
Gol: Perlaza, aos 33 minutos do primeiro tempo

domingo, 4 de março de 2007

GRÊMIO 1x0 SÃO JOSÉ-POA (Gauchão 2007, Estádio Olímpico, 03/03/2007, 18h10min)

O time de Mano Menezes foi bastante criticado pela torcida e pela imprensa após o jogo contra o Cucuta pela Libertadores. De fato, a equipe jogara muito mal, e os próprios jogadores, inclusive os mais infelizes naquela noite - Tcheco e Lucas, de quem se esperam grandes atuações -, admitiram a pouca qualidade do futebol apresentado na oportunidade. Também repercutiu o apagão de mais de uma hora antes do jogo, e o Pres. Paulo Odone, quando entrevistado, aproveitou para lembrar a necessidade de construir um novo Estádio para o Grêmio (a imprensa vem veiculando os andamentos das negociações com empresas de Portugal e da Holanda para a construção de uma arena em Porto Alegre).

O jogo contra o São José seria especial pois marcaria a volta do grande goleiro gremista Danrlei ao Estádio Olímpico, vestindo a camisa 1 do Zequinha. Desde que saiu do Grêmio em 2003, Danrlei teve uma carreira irregular, passando por Fluminense, Atlético-MG, e Beira-Mar de Portugal, intercalando períodos de inatividade. O goleiro deu entrevistas sempre enfatizando o seu gremismo e o carinho pela torcida gremista, e referindo o seu interesse em voltar a atuar por uma grande equipe. Todos torcemos para que o cara retome a forma excepcional. Por tudo isso, Danrlei foi muito aplaudido, tanto antes do início de jogo, como na volta do intervalo.



O Grêmio veio a campo com Teco no lugar de William machucado, Lúcio já titular da lateral-esquerda, Nunes no lugar de Edmílson, Lucas e Diego Souza, com Ramon mais à frente e só Everton de atacante. Carlos Eduardo não foi a campo. Além disso, promoveu-se a estréia do novo fardamento com a camisa metade preta, metade azul (no início, vendo nas lojas e nas pessoas eu achei estranho, mas pareceu-me bonito no campo, diferentemente do que acharam os caras do Bate-Bola).

Desde o início se viu que o São José não era páreo para o Grêmio. Mas a equipe ainda se ressentiu dos erros do jogo passado contra o Cucuta: muitos passes errados. O meio-campo três "volantes" - Nunes, Diego Souza e Lucas - foi improdutivo novamente, conquanto o Grêmio tenha conseguido algumas boas chances de gol, invariavelmente repelidas pelo Darnlei.



A mim parece que a grande dificuldade de Mano é a composição do meio-campo de modo a colocar em campo Lucas e Diego Souza. São várias alternativas, e Mano ainda não conseguiu optar pela formação ideal; ora se utiliza de mais um volante como Nunes ou Edmilson, ora coloca Diego Souza e Lucas e outros 2 mais adiantados (Tcheco e outro). Por outro lado, essas alternativas não são excludentes e poderiam variar conforme o adversário. E aí vem a outra dificuldade de qual alternativa para qual adversário. Esse parece ser o ponto em que Mano está pecando.

Seja como for, no 1.º tempo o Grêmio não conseguiu vencer a resistência do Zequinha. No 2.º tempo as coisas não foram diferentes. Mano resolveu tirar Nunes e colocar mais um atacante - Aloísio. Danrlei continuou, no entanto, fechando o gol.



Até que aos 18 min, Patrício acertou um chutaço de fora da área e venceu Darnlei. A torcida comemorou, mas depois gritou o nome do goleiro.



Mano ainda promoveu a entrada de Itaqui (bastante elogiado nos treinos) e de Sandro Goiano, pois a necessidade de fazer o gol já havia passado - bastava segurar o resultado.

Durante boa parte do jogo, o vento soprou na nossa direção trazendo uma chuva fina - foi uma dentro termos saído de casa agasalhados.



GRÊMIO 1 x 0 SÃO JOSÉ POA

GRÊMIO: Saja; Patrício, Schiavi, Teco e Lúcio; Nunes (Aloísio), Diego Souza (Itaqui), Lucas, Tcheco e Ramon; Everton (Sandro Goiano). Técnico: Mano Menezes.

SÃO JOSÉ POA: Danrlei, Kléber, Bruno, Glauber e Marcelo Muller; Júnior Negrão, Zé Luís, Pansera e Jéferson; Roni (Rafael Logerian) e Franciel (Walter). Técnico: Bagé.

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden, Assistentes: José Otávio Dias Bitencourt e Alexsander de Mendonça
Cartões amarelos: Nunes, Tcheco e Sandro Goiano (Grêmio); Glauber, Júnior Negrão e Marcelo Muller (São José)
Cartão vermelho: Glauber (São José)
Gol: Patrício, aos 18 minutos do segundo tempo

Grêmio 3x0 Sport (Série B, 31.ª rodada, Arena do Grêmio, 20.09.2022, 19:00)

 Com Renato de volta à casamata gremista, e após a vitória contra o Vasco, a expectativa era de como o Grêmio se portaria nos jogos fora de ...