Em todos os jogos decisivos contra Caxias, Juventude, Cerro Porteño e São Paulo, eu acreditei - e, sobretudo, tinha a convicção de - que o Grêmio faria (no mínimo) o resultado exigido para classificação/título (4x0, vitória simples, 1x0 e 2x0). Mas contra o Defensor do Uruguai eu duvidei que o Grêmio conseguiria passar para as semifinais da Libertadores. A busca por ingressos não foi tão frenética quanto das outras vezes, e até a agitação e gritaria da geral não parecia tão enfática e ruidosa quanto de costume.
E assim, com baixa expectativa, mas esperançoso, é que me encontrei com meu pai no caminhão da TV, perto do P3, pouco mais de meia-hora antes da bola rolar (o horário das 19h15 exigiu uma boa ginástica), e nos posicionamos atrás da linha de fundo perto da geral.
Mano repetiu a escalação do meio-campo com Gavilán e Sandro Goiano, e colocou Amoroso no lugar que seria de Diego Souza (expulso no jogo de ida). Saja foi dúvida até instantes do jogo, em razão da colisão com o atacante do Defensor que fez o 2.º gol dos uruguaios no Centenário.
O Defensor se mostrou a equipe com melhor catimba das que se apresentaram no Olímpico. Os caras jogavam quando estavam com a bola, e não jogavam quanto a bola estava parada (todas as reposições de bola eram uma eternidade, mas não havia ninguém para levar cartão amarelo, pois não havia um jogador catimbando - todos os uruguaios catimbavam simultaneamente). Dessa forma, o Grêmio não conseguiu impor aquele volume de ataque massacrante.
Nessas condições, apenas um lance de sorte poderia proporcionar a movimentação no placar. Assim, Tcheco cobrou falta de fora da área e venceu o goleiro.
O jogo continuou difícil, e a defesa gremista ainda se ressentiu de dificuldades na bola aérea (que fora fatal no jogo anterior).
Mas bem no final do 1.º tempo, a bola sobrou para Teco que liquidou a vantagem do Defensor.
O Grêmio tinha todo o 2.º tempo pela frente para não levar gol e fazer o terceiro para comemorar mais uma classificação. Mas os uruguaios conseguiram levar a disputa para as penalidades, e para isso contaram com a ajuda do árbitro paraguaio que deixou de marcar 3 pênaltis a favor do Grêmio (meu pai contabilizou 4, mas parece que só um, contra o Carlos Eduardo, foi manifesto).
Os uruguaios erraram as duas primeiras cobranças e facilitaram a tarefa dos gremistas, que acertaram suas 4 oportunidades: Patrício, Lúcio, Douglas e Ramón. Este havia entrado no lugar de Tuta e nem acreditamos quando o cara foi chamado por Mano para as instruções. Mas Ramon fez valer a confiança nele depositada e foi determinante para a classificação, motivo pelo qual merece o último destaque.
Tendo em vista o regulamento novo da Libertadores 2007, a fim de evitar uma terceira final consecutiva entre times brasileiros, o Grêmio não enfrentará o Boca Juniors e sim o Santos de Luxemburgo, sendo que o primeiro jogo será no Estádio Olímpico na próxima quarta.
GRÊMIO: Saja; Patrício, William, Teco, Lúcio; Sandro Goiano, Gavilán (Douglas), Tcheco (Ramon); Amoroso, Carlos Eduardo, Tuta (Éverton). Técnico: Mano Menezes.
DEFENSOR: Martín Silva; Cáceres, Martínez, Sorondo (Lamas) e Ariosa; Pereira, Fadeuille, Amado (Diaz) e De Souza; Fernández(Vila) e Peinado. Técnico: Jorge Luiz da Silva.
Arbitragem: Carlos Amarilla (Paraguai), Manuel Bernal e Emigdio Ruiz (ambos do Paraguai)
Cartões amarelos: Tcheco, Sandro Goiano e Patrício (G); Martínez, Pereira, Díaz e Fernández (D).
Cartão vermelho: Amoroso (G); Díaz (D).
Gols: GRÊMIO: Tcheco, aos 22 minutos e Teco, aos 45 minutos do primeiro tempo
Nos Penaltis: GRÊMIO: Patrício, Lúcio, Douglas e Ramón DEFENSOR: De Souza e Pereira
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obrigado, guilherme. usurparei teus vídeos amanhã. hehehe
ResponderExcluirroubei. tá lá. hehehe
ResponderExcluirÉ isso aí. Filmei todas as cobranças de pênalti, mas estava muito longe. O árbitro paraguaio não colaborou e as cobranças foram na goleira do lado da torcida adversária.
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