Para manter suas chances de passar à próxima fase da Libertadores, o Grêmio precisava vencer o Tolima no Olímpico, após a derrota na rodada passada na Colômbia. Após o jogo de sábado contra o Guarani-VA, no qual foi escalado o time reserva, Mano fechou o Estádio e promoveu os tradicionais treinos secretos. A equipe seria reforçada com o reingresso de Edmílson e Tuta; o centroavante fez muita falta pela sua presença no ataque. Os jovens atacantes Aloísio, Everton e Carlos Eduardo não têm a mesma força, experiência e futebol do centroavante recuperado de lesão: os três não conseguiam fazer a bola parar no ataque. Mano acabaou tirando Diego Souza do time em favor do onipresente Ramon.
Chegamos com boa antecedência ao Estádio e conseguimos um lugar legal. Antes da bola rolar ainda encontrei o Pablo, Rinaldo, Ricardo e Jaques.
Na entrada das equipes em campo, o Tolima se superou ao se apresentar com um cara vestido com uma fantasia amarela, escudo e espada. O Grêmio iniciou o jogo como se esperava: no ataque. Não demorou e William chutou uma bola na rede pelo lado de fora:
Mas o Tolima veio com uma marcação no melhor estilo Libertadores: feia e suja. Os caras chegavam dando coices em todas as divididas, e parecia que não estavam se tremendo para a pressão da torcida. Não por acaso o Grêmio acabou diminuindo o ritmo e aí os erros - já corriqueiros e irritantes - de passes apareceram. Lucas e Tcheco, especialmente, erraram passes bizarros e criaram contra-ataques perigosos do adversário. Pelo lado positivo, Saja teve a atuação segura de sempre e Schiavi, finalmente, jogou um partidaço. Até Ramon conseguiu umas jogadas boas só que na marcação - jamais em jogadas de ataque.
O repórter da Gaúcha, Luciano Périco, passou todo o jogo do nosso lado. E lá pelas tantas ele atacou o meu pai (o cara vem de surpresa mesmo; sempre achei que ele combinava as entrevistas previamente), e perguntou algo sobre o jogo. O meu pai só teve tempo de dizer o óbvio, que o Grêmio conseguiria vencer e que o Tolima não era um grande time. Alguns minutos depois, precisamente aos 20 min, Tuta marca o gol numa jogada incrível de puro oportunismo: num cruzamento pela direita, o cara, na pequena área, conseguiu aparar com a perna esquerda e numa virada rápida chutou no contrapé do goleiro colombiano. Depois da comemoração o meu pai ainda falou para o repórter que "é timinho, não adianta eles virem com índio, rei momo, ou coisa parecida"; o repórter aproveitou a deixa e em seguida entrevistou um cara atrás de nós e perguntou algo sobre o "mascote" do Tolima.
O gol trouxe alívio. Mas a equipe afrouxou ainda mais a marcação, e o Tolima passou a exercer alguma pressão. No final do 1.º tempo, Edmílson e Tcheco tiveram forte discussão.
No início do 2.º tempo o Grêmio voltou revigorado depois de uma bronca de Mano no vestiário. Numa sacada só perdeu três chances (duas defesas do goleiro e um chute pra fora):
O Tolima não ofereceu qualquer ameaça na etapa final, mesmo com alguns erros de passes e jogadas equivocadas do meio-campo do Grêmio. Os atacantes tricolores, por sua vez, enfileiraram chances desperdiçadas. Lucas perdeu um gol incrível na pequena área:
Mano promoveu alterações para acalmar o jogo, que chegou a ser interrompido por instantes em razão de fumaça em campo. No final, valeu o resultado e a boa atuação de Tuta, sobretudo diante da fraca atuação da equipe (ainda preocupante).
GRÊMIO 1 X 0 DEPORTES TOLIMA
GRÊMIO: Saja, Patrício, Schiavi, William e Lúcio; Edmílson, Lucas, Tcheco, Ramon (Diego Souza) e Carlos Eduardo (Teco); Tuta (Douglas). Técnico: Mano Menezes.
DEPORTES TOLIMA: Julio, Vallejo, Cuenú, Cambindo e Sinisterra; González (Rolong), Patiño, Anchico (Quintero), Escobar e Chárria; Perlaza. Técnico: Jaime de la Pava.
Árbitro: Martín Vásquez (URU), Mauricio Espinosa (URU) e Pablo Fandiño (URU)
Cartões amarelos: Patiño, Cuenú e González (Tolima); Tcheco, Edmílson, William, Lúcio, Schiavi e Lucas (Grêmio)
Gol: Tuta, aos 21 minutos do primeiro tempo
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ramon onipresente. mas a escalação dele continua sendo uma incógnita TOTAL.
ResponderExcluiro mano precisa decidir se coloca ele como atacante ou como marcador.
é o cara que mais jogou no ano. decididamente acho que ele não serve no ataque.
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