Só se fala no gol mil do Romário. E no último jogo da primeira fase do Gauchão, o Grêmio enfrentaria o já rebaixado São José de Cachoeira do Sul (cidade legal), com a equipe titular, e Mano ameaçado de suspensão (o julgamento foi pouco antes do início do jogo, e o técnico acabou foi absolvido). Edmílson levou um joelhaço acidental de Pereira na derrota de domingo para o Brasil de Pelotas, e ficou de fora; Nunes foi preservado, e o primeiro volante foi William Magrão.
Fomos a campo separadamente e nos encontramos na Grêmiomania. O público foi bastante reduzido, o que acabou sendo legal pois escolhemos o assento à vontade (fazia tempo que não tinha um jogo com tão pouco público). Ainda deu tempo para um cachorro-quente e um breve aceno ao cônsul do Grêmio em São Sepé, o valoroso Rinaldo, acompanhado da mulher grávida.
O 1.º tempo foi lamentável. O Grêmio não jogou nada, e quando eu estava pensando isso, que o Grêmio não estava jogando nada, a defesa deu uma daquelas rateadas incríveis e na pequena área o São José saiu na frente. A partir daí, os erros de passes se multiplicaram, e Lucas chegou a se estranhar com um jogador do time visitante.
Para o 2.º tempo a disposição do tricolor foi outra; marcando em cima do campo adversário, o Grêmio começou a criar chances de gol, e logo aos 7 min, Tuta dá um passe açucarado para Carlos Eduardo fazer o gol de empate.
Ato contínuo, aos 11 min, a bola sobra para Tcheco pela esquerda que cruza para o meio da área, onde Lucas aparece livre para fazer, de cabeça o gol da virada.
O São José ainda teve algumas chances perigosas em contra-ataques, mas fracassou diante da pouca qualidade dos seus atacantes. O Grêmio continuou jogando futebol razoável e administrando o jogo.
Perto do final do jogo, Schiavi é derrubado na área, e imediatamente passamos a pedir para Saja cobrar o pênalti. Curiosamente, durante a paralisação pelas reclamações do São José, o goleiro foi para trás da placa de propaganda, ajoelhou-se e urinou (os repórteres das rádios atestaram a mijada). Após esse momento aliviante, Tuta converteu o pênalti.
Mesmo com a partida decidida, o Grêmio ainda foi ao ataque; aos 46 min, o pessoal começou a gritar "Mano, Mano", e antes que eu começasse a procurar o treinador nas cadeiras ou nas tribunas, Diego Souza foi lançado, disparou, e marcou o 4.º gol.
Individualmente, Saja e Schiavi foram muito bem. Patrício teve seus altos e baixos. Lucas não foi bem, mas fez o gol. Tcheco não foi bem, mas fez o passe para o gol de Lucas. Ramon errou as jogadas de sempre. Tuta marcou a presença habitual.
GRÊMIO 4 X 1 SÃO JOSÉ-CS
GRÊMIO: Saja, Patrício, Schiavi, William e Lúcio; Lucas (Diego Souza), William Magrão, Tcheco, Ramon e Carlos Eduardo (Sandro); Tuta. Técnico: Sidnei Lobo.
SÃO JOSÉ-CS: Márcio, Sapucaia (Magno), Duti, Rudinei e Brida; Odair, Neuri, Piter, Manga (Felipe) e Fabinho (Kiko); Gilian. Técnico: Teco Tatsch.
Árbitro: Leandro Vuaden, Vilmar Burini e Sedenir Martins
Cartões amarelos: Brida, Duti, Sapucaia, Odair, Rudinei, Magno (São José); Lucas (Grêmio)
Cartões vermelhos: Duti e Odair (São José)
Gols: Gilian, aos 28 minutos do primeiro tempo; Carlos Eduardo, aos sete, Lucas, aos 11, e Tuta, 38, e Diego Souza, aos 46 minutos do segundo tempo
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