quinta-feira, 4 de julho de 2013

Grêmio 2x1 Botafogo (Brasileirão 2013, 7.ª rodada, Arena do Grêmio,14.07.2013, 16h)

Antes da pausa do Brasileirão 2013 em decorrência da Copa das Confederações 2013, realizada no Brasil, o Grêmio enfrentou na Arena o São Paulo. A noite era muito fria (12.06.2013), e com receio de gripes e resfriados, optamos por ficar em casa. Dizia-se que o jogo era decisivo para a permanência de Luxemburgo como técnico gremista: após a eliminação na Libertadores 2013, apenas uma grande campanha nas primeiras 5 rodadas poderia mantê-lo no cargo. O desempenho foi mediano. Mas a atuação contra o São Paulo foi muito ruim. O Grêmio começou com uma escalação bizarra de 3 atacantes (Welligton e mais dois), e o time de Rogério Ceni saiu na frente. Apenas no 2.º tempo a equipe reagiu e empatou. O resultado magro não agradou, assim como a atuação do time e as opções do Luxa. Wianey levantou a bola nos dias seguintes de que Luxa cairia. Mas não caiu. Ou custou a cair. O Grêmio deu uns 10 dias de férias ao grupo e nos dedicamos todos a acompanhar os belos jogos da Copa das Confederações 2013. Após o período vacante, Luxa preparava-se para a retomada dos trabalhos. Foi agendado um jogo-treino, no Estádio Olímpico, sem torcida, num sábado pela manhã. E foi durante a partida, que iniciou com Roger Machado comandando o time, que se anunciou a despedida de Luxemburgo. A notícia tomou todos de surpresa, pois foi adotada apenas uma semana antes da partida contra o Atlético/PR: se era para demitir, que tivesse sido no início, para dar tempo ao novo treinador conhecer o elenco. Koff e os dirigentes passaram a tranquilizar a torcida, garantindo que despediram Luxa na hora certa (aguarda-se um desfecho belicoso caso não haja acordo quanto às verbas rescisórias). As causas da demissão não foram totalmente esclarecidas, mas diz-se que a gota d'água foi a insubordinação de Luxa quanto amuma ordem de Koff transmitida por um assessor (preservar Welligton do jogo-treino pois seu time de origem teria proposta para venda). A torcida, por sua vez, já reclamava que com as escalaçōes equivocadas e substituiçōes e opçōes bizarras, parecia que Luxa estava provocando a demissão, de olho na alta multa rescisória. O novo técnico não foi anunciado de imediato: alguns nomes foram especulados (Cristóvão Borges, que está no Bahia, Muricy, que recentemente saiu do Santos, e Celso Roth - mas o preferido era Renato). Somente na segunda-feira veio a confirmação do acerto com Renato Portaluppi.

Tem sido muito enfatizada, desde então, a afinidade de Koff com Renato. Acredito que o presidente não deixará de opinar na escalação e na parte tática -e será ouvido, ao contrário de Luxa, que preconizava controle total do vestiário e das coisas alheias ao futebol (como se ele fosse o presidente).  A imprensa reconhece o talento de Luxa, mas vem destacando a diferença no ambiente (Barcos afirmou que lhe era solicitado jogar mais recuado, e Kleber disse que os primeiros 7 meses do ano foram perdidos; além disso, os treinos são agendados em horário mais cedo, e têm espaço para intensa parte física e tática). Acima de tudo, Renato assumiu o compromisso de recuperar o vestiário, e devolver ao time a garra pela qual o Grêmio sempre foi conhecido.

Renato assumiu imediatamente sua nova função, e estreou no retorno do Brasileirão 2013 contra o Atlético/PR, fora de casa, em 06/07/2013. Difícil perceber, no curto tempo, se houve alteraçōes táticas ou anímicas. O time saiu perdendo, mas reagiu no segundo tempo. O novo reforço, Maxi Rodriguez, meia uruguaio sub-21 do Wanderes, acertou um lançamento de longa distância que encontrou Barcos. O atacante argentino desencantou e fez um gol de centroavante, quebrando jejum de 70 dias sem gols.

O jogo seguinte seria muito marcante: a) estreia de Renato na Arena; b) primeiro jogo do Grêmio na Arena no clássico horário do futebol: 16h de domingo; c) adversário , Botafogo, de Seedorf e Lodeiro é o atual lider da competição. Renato ainda não contaria com Riveros, o volante paraguaio trazido para suprir a venda de Fernando para o Shaktar Donetsk. O time a ser escalado teve o retorno de Elano, e a ausência de Barcos, machucado.

Partimos para a Arena pouco depois das 14:30. Chegamos sem obstáculos faltando uns 40min para o apito inicial. Logo percebemos que foram instaladas grades nas escadas e junto aos assentos. Melhorou bastante o equilíbrio no íngreme nível 4.

O jogo foi muito bom desde o início. Seedorf mostrou porque continua com atuações de alto nível. O Grêmio saiu na frente, com Vargas, que fez um gol difícil aparando de primeira um cruzamento do Alex Telles na linha de fundo. O holandês do Fogão empatou com um golaço de fora da área; o cara se aproximou, a defesa abriu, e veio o disparo indefensável. Vargas fez o gol da vitória ainda no primeiro tempo: Bolivar afastou parcialmente a bola da área, e Vargas deu outro chute de primeira. O lance foi contestado pelos visitantes, pois o bandeirinha marcou impedimento de Kleber; nunca fui fã das atuações do Paulo César Oliveira em jogos do Grêmio, mas ele acertou em validar o gol, pois Kleber não participou do lance. E nem cabe culpar o bandeirinha, pois a defesa do Botafogo não parou com o sinal do bandeirinha - no vídeo dá pra ver que eles correm para marcar Vargas na hora da conclusão.

Choveu praticamente o jogo inteiro. Ms o gramado, bem verde agora, deu conta. A partida continuou em bom nível. Percebemos que Pará foi orientado a cuidar mais das tarefas defensivas; Alex Telles atacou mais e mandou bem. Elano decepcionou e foi bem substituído por Maxi Rodriguez. 

Aos 40min da etapa final começamos o deslocamento para o E2.

A vitória contra o atual líder foi importante. Próximo jogo é fora de casa contra o Criciúma.




BRASILEIRÃO - 7ª RODADA - 14/7/13

GRÊMIO: Dida, Pará, Werley, Bressan e Alex Telles; Adriano, Souza (Matheus Biteco 38'/2º), Zé Roberto e Elano (Maxi Rodríguez 23'/2º); Vargas e Kléber. Técnico: Renato Portaluppi

BOTAFOGO: Jefferson, Lucas (Gilberto 15'/2º), Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Renato, Lodeiro (Elias 21'/2º), Seedorf e Vitinho (Henrique 30'/2º); Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira

Gols: Vargas (G), aos 12min e aos 33min, e Seedorf (B), aos 19min do primeiro tempo
Cartões amarelos: Adriano e Kléber (G); Vitinho e Marcelo Mattos (B)
Arbitragem: Paulo Cesar Oliveira, auxiliado por Marcelo Carvalho Van Gasse e Carlos Augusto Nogueira Júnior (trio de São Paulo). Público: 30.395 (total). Renda: R$ 1.335.155,00

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