domingo, 10 de março de 2013

Grêmio 4x1 Caracas (Copa Libertadores 2013, fase de grupos, Arena do Grêmio, 05.03.2013, 21h30min)

Em 20.02.2013 o Grêmio foi ao Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense do Abel, Fred, atual campeão brasileiro, no Engenhão. A partida era complicadíssima, pois um tropeço poderia complicar a classificação para as fases seguintes da Libertadores 2013. O Flu venceu o jogo de estreia na Venzuela, contra o Caracas, por 1x0 (gol do Fred), no que se chama de pior gramado da competição. Por sua vez, o time do Luxa perdeu contra o Huachipato por 2x1 na Arena. O jogo seria 21h com transmissão pelos canais de TV paga. E lembro que no dia ocorreu a torrencial chuva que assolou Porto Alegre em uma hora. Mesmo assim, depois das 19h o trânsito melhorou e depois de uma corrida fui fazer compras no super e vi em igual número pessoas com camisas do Grêmio (preparando-se para um churras durante a torcida) e do Inter (preparando-se para um churras durante a secada). Particularmente tinha esperança na vitória, pois o time do Luxa tem aptidão para se dar bem contra adversários que saem pro jogo (ao contrário dos que jogam fechado), inclusive fora de casa. Pois nesse jogo o Grêmio mandou muito bem e com atuação brilhante de Barcos saiu com uma vitória elástica: 3x0 e a liderança do grupo (pois o Huachipato perdeu para o Caracas jogando em casa, e assim o grupo ficou marcado pelas vitórias dos visitantes em todas as rodadas até então).

Depois desse jogo o Grêmio tinha Grenal que classificaria para as semifinais do Gauchão. Se caísse fora, o Grêmio poderia fazer uma intertemporada antes do jogo contra o Caracas, na Arena, em 05.03; senão, em vencendo o Grenal, o Grêmio ainda teria que jogar pela semifinal e, vencendo, a final do primeiro turno do Gauchão 2013. Em nome do planejamento, Luxa, com o apoio dos dirigentes, optou por jogar o Grenal com reservas, preservando os titulares. O Inter, com titulares, venceu por 2x1, mas o jogo não foi barbada. Evidentemente houve quem criticasse o Luxa por ter escalado reservas em Grenal, mas entendo que o cara mandou bem: Gauchão, nessa fase, não vale nada, e o que importa é a Libertadores 2013, que está recém começando e já está meio complicada. Essa é a hora de fazer a coisa certa, e lembro perfeitamente da vez que não foi feita a coisa certa: em 2009, o Grêmio perdeu o Grenal e apesar de se dar a entender o tempo todo que o Gauchão era secundário, Celso Roth caiu, o Grêmio ficou uns 2 meses sendo treinado por Marcelo Rospide, aguardando a chegada de Paulo Autuori, que veio tarde demais e nada contribuiu para o Grêmio na época (desclassificado nas oitavas pelo excelente time do Cruzeiro do Adilson Batista).

Finalmente veio o jogo contra o Caracas, após mais de 10 dias de treinamentos. O time era o mesmo que venceu o Fluminense. O adversário veio de certa forma abalado com o falecimento do Hugo Chavez, poucas horas antes da bola rolar.

Resolvemos adotar estratégia completamente diferente para ir à Arena: ao invés de irmos com antecedência de várias horas, resolvemos ir mais perto do horário do jogo. Fiquei no trabalho até mais tarde, passei no meu pai perto das 20h, e então fomos à Arena. O trânsito estava um pouco mais competitivo, mas sem longas retenções. Os repórteres de rádio davam conta do movimento tranquilo. Chegamos com uns 40min de trajeto, e a rua da Arena estava bem sossegada. Fomos direto no estacionamento Estapar, que tem saída estratégica. E chegamos em seguida nos nossos lugares, aguardando pouco mais de meia hora para o apito inicial.

A atuação do Grêmio foi irrepreensível. Barcos impressionou-nos em quase todos os lances. O cara ganha todas as divididas, e consegue vantagem em lances improváveis. Vargas foi outro que teve boa atuação, assim como o interminável Zé Roberto.

Os gols saíram com naturalidade após o primeiro: Barcos aproveitou rateada do goleiro venezuelano. Werley aproveitou cruzamento de escanteio, na sua jogada tradicional. No segundo tempo, Zé Roberto ampliou com 2 gols, em jogadas na qual se infiltrou como atacante.

Semana que vem tem os jogos de volta da primeira fase, e o Grêmio vai à Venezuela pegar o Caracas. Com um jogo a menos, o time de Luxa tem 6 pontos e é segundo no grupo (o Flu tem 7).



GRÊMIO: Dida; Pará, Werley, Cris e André Santos; Fernando, Souza, Zé Roberto, Elano (Marco Antonio, 38'/2º); Vargas (Welliton, 38'/2º) e Barcos. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

CARACAS: Baroja; Carabalí, Peraza, Sánchez e Quijada; Jiménez, Juan Guerra, Otero, Peña (Cabezas, 21'/2º), Meza (Lucas, 10'/2º); Cure (Farías, 32'/2º). Técnico: Ceferino Bencomo

Gols: Barcos (G), aos 16min, e Werley (G), aos 37min, no primeiro tempo; Zé Roberto (G), aos 6min e aos 27min, e Andres Sánchez (C), aos 14min, no segundo tempo. Arbitragem: Antonio Arias, auxiliado Rodney Aquino e Carlos Caceres (trio paraguaio). Cartões amarelos: Cris (G); Sánchez, Otero e Guerra (C). Renda: R$ 1.336.941,00 Público: 32.531 (30.307 pagantes).

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