
Depois desse jogo o Grêmio tinha Grenal que classificaria para as semifinais do Gauchão. Se caísse fora, o Grêmio poderia fazer uma intertemporada antes do jogo contra o Caracas, na Arena, em 05.03; senão, em vencendo o Grenal, o Grêmio ainda teria que jogar pela semifinal e, vencendo, a final do primeiro turno do Gauchão 2013. Em nome do planejamento, Luxa, com o apoio dos dirigentes, optou por jogar o Grenal com reservas, preservando os titulares. O Inter, com titulares, venceu por 2x1, mas o jogo não foi barbada. Evidentemente houve quem criticasse o Luxa por ter escalado reservas em Grenal, mas entendo que o cara mandou bem: Gauchão, nessa fase, não vale nada, e o que importa é a Libertadores 2013, que está recém começando e já está meio complicada. Essa é a hora de fazer a coisa certa, e lembro perfeitamente da vez que não foi feita a coisa certa: em 2009, o Grêmio perdeu o Grenal e apesar de se dar a entender o tempo todo que o Gauchão era secundário, Celso Roth caiu, o Grêmio ficou uns 2 meses sendo treinado por Marcelo Rospide, aguardando a chegada de Paulo Autuori, que veio tarde demais e nada contribuiu para o Grêmio na época (desclassificado nas oitavas pelo excelente time do Cruzeiro do Adilson Batista).
Finalmente veio o jogo contra o Caracas, após mais de 10 dias de treinamentos. O time era o mesmo que venceu o Fluminense. O adversário veio de certa forma abalado com o falecimento do Hugo Chavez, poucas horas antes da bola rolar.
Resolvemos adotar estratégia completamente diferente para ir à Arena: ao invés de irmos com antecedência de várias horas, resolvemos ir mais perto do horário do jogo. Fiquei no trabalho até mais tarde, passei no meu pai perto das 20h, e então fomos à Arena. O trânsito estava um pouco mais competitivo, mas sem longas retenções. Os repórteres de rádio davam conta do movimento tranquilo. Chegamos com uns 40min de trajeto, e a rua da Arena estava bem sossegada. Fomos direto no estacionamento Estapar, que tem saída estratégica. E chegamos em seguida nos nossos lugares, aguardando pouco mais de meia hora para o apito inicial.
A atuação do Grêmio foi irrepreensível. Barcos impressionou-nos em quase todos os lances. O cara ganha todas as divididas, e consegue vantagem em lances improváveis. Vargas foi outro que teve boa atuação, assim como o interminável Zé Roberto.
Os gols saíram com naturalidade após o primeiro: Barcos aproveitou rateada do goleiro venezuelano. Werley aproveitou cruzamento de escanteio, na sua jogada tradicional. No segundo tempo, Zé Roberto ampliou com 2 gols, em jogadas na qual se infiltrou como atacante.
Semana que vem tem os jogos de volta da primeira fase, e o Grêmio vai à Venezuela pegar o Caracas. Com um jogo a menos, o time de Luxa tem 6 pontos e é segundo no grupo (o Flu tem 7).
GRÊMIO: Dida; Pará, Werley, Cris e André Santos; Fernando, Souza, Zé Roberto, Elano (Marco Antonio, 38'/2º); Vargas (Welliton, 38'/2º) e Barcos. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
CARACAS: Baroja; Carabalí, Peraza, Sánchez e Quijada; Jiménez, Juan Guerra, Otero, Peña (Cabezas, 21'/2º), Meza (Lucas, 10'/2º); Cure (Farías, 32'/2º). Técnico: Ceferino Bencomo
Gols: Barcos (G), aos 16min, e Werley (G), aos 37min, no primeiro tempo; Zé Roberto (G), aos 6min e aos 27min, e Andres Sánchez (C), aos 14min, no segundo tempo. Arbitragem: Antonio Arias, auxiliado Rodney Aquino e Carlos Caceres (trio paraguaio). Cartões amarelos: Cris (G); Sánchez, Otero e Guerra (C). Renda: R$ 1.336.941,00 Público: 32.531 (30.307 pagantes).
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