terça-feira, 28 de abril de 2009

Grêmio 3x0 Boyacá Chicó (Copa Libertadores 2009, 1.ª fase, 28.04.2009, 19h30min)

Livre do Gauchão 2009 (vencido de forma invicta, incontestável e com absoluta facilidade pelo Inter - o jogo final, contra o Caxias, foi vencido por 8x1), o Grêmio pode se dedicar, finalmente, com exclusividade à Copa Libertadores 2009. Há aproximadamente um mês que Celso Roth foi demitido, e o que se tem desde então é saber se Paulo Autuori vem ou não. O cara tem vínculo com time árabe e teria pedido para responder apenas em meados de maio. Aparentemente, os dirigentes gremistas demitiram Roth sem ter um substituto encaminhado, e se mostram dispostos a aguardar pela definição de Autuori. Enquanto isso, Marcelo Rospide segue na interinidade, embora no último fim de semana tenha crescido o rumor, a partir de declarações de Kriger, sobre a efetivação de Rospide.

Seja como for, dada a combinação de resultados dos diversos grupos da Libertadores 2009, uma vitória gremista, em casa, contra o Boyacá Chicó asseguraria a melhor campanha nessa fase de grupos, o que significa ter a prerrogativa de decidir todos os mata-matas em casa. Com esse pensamento que o Grêmio treinou e foi escalado para enfrentar os colombianos.

Antes, porém, o Grêmio bateu o Universidad do Chile por 2x0 no Estádio Nacional em Santiago/Chile, resultado que serviu para manter em suspenso a definição do novo técnico, dado ao bom desempenho de Rospide.

Universidad de Chile 0 x 2 Grêmio - 15.04.2009, 21h50min, Estádio Nacional, em Santiago (Chile).

Universidad de Chile-CHI - Pinto; Olarra, González e Rojas; Díaz, Iturra, Estrada, Contreras e Cuevas (Maurício Gómez); Hernández (Villalobos) e Olivera. Técnico: Sergio Markarian.

Grêmio - Victor; Léo (Thiego), Réver e Rafael Marques; Makelele, Adílson, Tcheco, Souza e Fábio Santos; Jonas (Herrera) e Maxi Lopez (Orteman). Técnico: Marcelo Rospide (interino).

Gols - Léo, aos 31 minutos do primeiro tempo. Maxi Lopez, aos 20 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos - Léo, Réver, Makelele, Thiego, Adílson (Grêmio). Cartão vermelho - Olivera (Universidad). Árbitro - Carlos Amarilla (Fifa-PAR). Renda e público - Não disponíveis.


Já falei mais de uma vez que jogo do Grêmio às 19h30min acarreta uma correria em direção ao Estádio Olímpico. Depois de aguardar horas para pegar condução (inclusive um fato raro - peguei um ônibus errado...), chegamos ao Estádio com uns 10min de antecedência.

Vimos o Grêmio atacar com qualidade no 1.º tempo. Depois de ser vaiado na saída do jogo contra o Aurora - e ter se ofendido com a reação da torcida - Souza voltou a jogar bem e foi o destaque marcando os dois primeiros gols gremistas antes da metade do 1.º tempo. No primeiro, Souza conduziu a bola e resolveu arriscar; a jogada foi rápida, surpreendeu a defesa colombiana, e só peguei a bola depois de chutada para o gol.



A jogada do 2.º gol foi muito rápida; Souza ampliou a vantagem. O Chicó veio sem torcida e com apenas 15 jogadores; os caras até trocavam bons passes, mas não tinham qualidade para conclusões a gol. Empolgados com o incentivo da torcida - que agora ocupa as arquibancadas atrás das duas goleiras e canta músicas diferentes o jogo inteiro, num espetáculo muito bizarro -, sobretudo nos dois últimos treinos abertos com bom público, o Grêmio continuou atacando com vigor e, numa cobrança de falta, a bola sobrou para Leo fazer o 3.º gol.



Para o 2.º tempo, o técnico do Chicó promoveu alterações na equipe e no esquema, e isso aliado à diminuição do ritmo gremista, acabou dando chance para os colombianos saírem mais para o jogo. Isso ficou muito evidente quando o juiz apitou pênalti em desfavor do Grêmio. O cobrador colombiano fez o gol, mas Larrionda mandou repetir sob alegação de invasão. O Estádio inteiro bradou o nome de Victor e a tarefa do goleiro gremista restou muito facilitada quando o cobrador repetiu o canto esquerdo e viabilizou a bela defesa do esperto Victor.



A partir daí não houve mais jogo. Souza foi o melhor em campo, especialmente pela atuação na etapa inicial, na qual todas as jogadas passavam pelo camisa 8 gremista. Tcheco, por sua vez, continua caminhando em campo, sem aparecer para receber a bola e distribuir o jogo (finalmente apareceu um técnico - Rospide - para substituir Tcheco, que deu lugar a Orteman, que, por sua vez, não entrou bem, errando muitos passes). Maxi López é o melhor atacante gremista, e um jogador muito bom, rápido e ágil para tirar a bola dos zagueiros; faltou oportunidades para marcar o gol e Rospide resolveu promover o ingresso do outrora titular Alex Mineiro. Jonas de uma de Jonas e errou um gol após jogada incrível (pela rápida troca de passes) de Maxi Lopez e Souza. Ruy voltou de lesão após várias semanas afastado e ocupou bem a lateral-esquerda. A defesa não foi exigida.

Resta ao Grêmio aguardar a definição do seu adversário nas oitavas-de-final, bem como do seu novo treinador, que provavelmente assumirá a equipe para as quartas-de-final, se for o caso.

GRÊMIO: Victor; Léo, Rafael Marques e Réver; Ruy, Adilson, Tcheco (Orteman), Souza e Fábio Santos (Jadílson); Jonas e Maxi López (Alex Mineiro). Técnico: Marcelo Rospide (interino).

BOYACÁ CHICÓ: Velásquez; Pino, Tejera (Giron), García e Madera; Ramirez, Palacios, Nuñez, Caneo e Tapia (Rada); Pérez (Duran). Técnico: Alberto Gamero.

Arbitragem: Jorge Larrionda, Pablo Fandiño e Miguel Nievas (trio do Uruguai). Gols: Souza (2x), aos 12 e aos 17 do 1º tempo; Léo, aos 29 do 1º tempo (Grêmio). Cartões amarelos: Nuñez, Pino e García (Boyacá Chicó); Tcheco e Rafael Marques (Grêmio). Público: 34.974 (31.110 pagantes). Renda: R$ 636.914,00

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