sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

GRÊMIO 0x0 UNIVERSIDAD (Chile) - Copa Libertadores 2009, Estádio Olímpico, 25.02.2009, 21h50min

Ninguém mais duvida que a Libertadores é a competição mais emocinante e importante do nosso calendário, e isso justifica a mobilização que os clubes fazem para conseguir a vaga para ingressar na copa, e para disputá-la.

No caso do Grêmio houve reforços e a tradicional fase de experimentos durante o torneio disputado simultaneamente (Gauchão 2009). É consenso que o time gremista é melhor do que o que disputou a Libertadores 2007. Mas, na minha opinião, os outros times também estão melhores que 2007 (basta ver o São Paulo, com uma porção de artilheiros no ataque, o Palmeiras com Keirrison em boa fase, o Cruzeiro, além dos times tradicionais da Argentina).

O esquema de jogo foi finalmente revelado, após muitos testes no Gauchão (onde parecia prevalecer a preferência do técnico Roth pelo 3-6-1 com Alex Mineiro como único atacante). Com base na numeração das camisetas, noticiou-se que a formação seria o 3-5-2, com Jonas (em excepcional fase) e Alex Mineiro no ataque e Adílson no lugar de William Magrão (machucado, não joga esse semestre).

O jogo de estreia na Libertadores 2009 seria em casa, contra o Universidad do Chile. Na volta do Carnaval (terça-feira) vi a torcida chilena concentrada na frente do hotel Sheraton, e se fizeram presentes com muito barulho no Estádio durante o jogo.

Chegamos ao Estádio com pouco menos de uma hora para o início da partida. No início da temporada, havíamos combinado que permaneceríamos na social e compraríamos os ingressos para as cadeiras apenas para os jogos da Libertadores. Mas com o ingresso a R$ 100,00, o Laurinho raciocinou que seria mais em conta passar para mensalista nas cadeiras, podendo retornar para a social depois de finda a Libertadores. E assim, conseguimos lugares espetaculares para assitir aos jogos. Particularmente fiquei empolgado com as novas ocupações.

Roth promoveu surpresa na escalação: mandou a campo Jadílson na lateral-esquerda, o camisa 13, no lugar de Fábio Santos, outrora titular, camisa 6. Acredito que Jadílson se escalou pelas ótimas atuações nos jogos recentes do Gauchão 2009 (o cara teve bom rendimento no apoio, fazendo cruzamentos para gols importantes após levar vantagem em jogadas individuais).

O jogo, propriamente dito, foi espetacular. O Grêmio jogou muito, atacou o tempo todo, criou chances incríveis (Ruy perdeu chance quase na pequena área - chutou torto; Jonas criou lances de perigo na linha de fundo), mas a defesa chilena tirou tudo. O goleiro adversário, que parecia inseguro em certos lances - e parecia que iria entregar em algum chute de longa distância - acabou fazendo uma baita partida.

As ações resumiram-se a (a) Grêmio atacando, (b) Universidad na defesa.

Gostei das atuações de Adílson (firme na antecipação e na saída de jogo, mas não é melhor que William Magrão - este tem mais desenvoltura para chegar à frente e ainda faz gols), Jadílson (o cara é muito bom no apoio), Jonas (sempre perigoso). No 1.º tempo, Tcheco confirmou o comentário que ouvi de um jornalista de rádio: o cara costuma apagar nos jogos decisivos. De fato, Tcheco não assumiu a condução e distribuição de jogo, sendo certo que é ele o cara que deve aparecer (i. é, sair da marcação) para receber a bola e passá-la para alguém em condições de gol (o cara é preciso nos passes e lançamentos). Mas ele pouco fez para sair da marcação e receber a bola; então, a função coube ao esforçado Adílson, que não se encolheu. Só no 2.º tempo que Tcheco apareceu mais, inclusive no ataque.

O resultado não espelhou a ampla superioridade gremista, então foi ruim. Mas o São Paulo também empatou (1x1) seu jogo em casa contra um time argentino. Fala-se, então, que o Grêmio deve buscar 4 pontos nos próximos dois jogos, que serão fora de casa.

Na maratona de jogos entre duas competições, o Grêmio voltará a campo na sexta-feira, 27.02.2009, para enfrentar o Veranópolis pela semifinal do 1.º turno do Gauchão 2009; vencendo, pega o Inter no Beira-Rio, para ver quem garante a vaga para a final. Já se sabe que para o jogo de sexta serão escalados os reservas, e se espera que os caras vençam, independentemente de terem perdido para o mesmo Veranópolis (fora de casa).

GRÊMIO: Victor; Léo (Duglas Costa), Réver e Rafael Marques (Fábio Santos); Ruy, Adilson, Tcheco, Souza e Jadílson (Reinaldo); Jonas e Alex Mineiro. Técnico: Celso Roth.

UNIVERSIDAD DO CHILE: Pinto, González, Rivera e Olarra; Díaz, Iturra (Contreras), Seymour, Angel Rojas (Cuevas), Hernández e José Rojas; Olivera. Técnico: Sergio Markarián.

Arbitragem: Martín Vázquez, com Carlos Pastorino e Miguel Nievas (trio do Uruguai). Cartões amarelos: Alex Mineiro, Ruy e Rafael Marques (Grêmio); Iturra, Algel Rojas e Díaz (Universidad do Chile). Cartão vermelho: Angel Rojas (Universidad de Chile).
Público total: 33.431. Renda: R$ 638.572,00.

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