sábado, 21 de abril de 2007

GRÊMIO 4x0 CAXIAS (Gauchão 2007, Estádio Olímpico, 20/04/2007, 20h30min)

Foi voltando de Dom Pedrito, no domingo 15.04, que fiquei sabendo da derrota do Grêmio por 3x0 para o Caxias, no Centenário, pela semifinal do Gauchão. O Grêmio não jogou nada, mais uma vez, e foi envolvido com facilidade. Para chegar às finais, o tricolor deveria fazer 4x0, ou vencer por 3x0 para levar a decisão para os pênaltis; se o Caxias fizesse um gol no Olímpico, aí o Grêmio teria de vencer por 4 gols de diferença (velho e bom critério do gol fora de casa).

A essas alturas, já duvidava da capacidade de mobilização de Mano e dos principais jogadores (Tcheco e Lucas); e para o jogo decisivo desta sexta-feira até achava que o Grêmio venceria, mas não conseguiria o resultado suficiente para a classificação. Conquanto não tenha sido dito muito do time do Caxias, falou-se bastante no goleiro Ricardo, qualificado como parede ou barreira pela imprensa. Em que pese tudo isso, como é intuitivo, jamais se deve desprezar a capacidade do Grêmio de operar verdadeiras façanhas, e foi confiando no "rabo" do Grêmio (segundo a Sabrina, o Grêmio é rabudo - nos anos 90 o Paulo Sant´Anna já falava no rabo tricolor) que fomos ao Estádio.



O Grêmio massacrou o Caxias, que mobilizou um bom número de animados torcedores. Desde logo o time visitante mostrou a que veio: retardou como pode o reinício do jogo, especialmente nos tiros de meta de Ricardo, o que catalisou o nosso nervosismo. Uma pilha de chances foi desperdiçada até que Patrício fez o 1.º gol aos 12min, numa jogada de sua autoria e mérito.

Quando Tcheco marcou o 2.º gol, aos 18min, após passe de Lucas para o bico da pequena área, a classificação pareceu possível.



O Grêmio perdeu diversas chances incríveis para marcar o 3.º gol. Até que no final do 1.º tempo, Diego Souza venceu a defesa caxiense no jogo aéreo e marcou de cabeça o gol que deixava as equipes em situação igual: a manutenção do resultado levaria a decisão para os pênaltis. Mas o momento do Grêmio era muito superior, e parecia muito provável que o Grêmio marcaria tantos gols quanto quisesse no 2.º tempo.



No intervalo, Wianey esclareceu que o Caxias veio a campo com 3 atacantes e disposto a jogar "de igual para igual". Não foi por acaso, então, que o técnico do time adversário fez duas alterações no 1.º tempo.

O Caxias voltou para o 2.º tempo com maior disposição, marcando e chegando ao ataque. Mas, ao final, Saja teve pouco trabalho. O Grêmio, por sua vez, não atacou com a mesma intensidade, mas administrou o resultado e sempre se mostrou disposto a fazer o 4.º gol.

Tuta perdeu algumas chances e a torcida resolveu gritar o seu nome: faltava o gol do camisa 9. Uns 10 min depois, o centroavante marcou o gol da classificação. A partir daí, bastava não tomar gols: por sorte, o Caxias não teve competência para vencer a defesa gremista.



Sandro Goiano, que havia entrado no lugar de Lucas, machucado, ainda no 1.º tempo, tentou fazer um gol de Copa do Mundo, ao chutar do meio-campo para encobrir o golerio - a bola bateu no travessão.

Assistimos, então, a um jogo do tipo inacreditável, no qual o tricolor tirou uma vantagem de 3 gols contra um time perigoso. Por tudo isso, não é exagero dizer que o jogo foi histórico, no melhor estilo do Imortal Tricolor.

Agora, no Gauchão, o Grêmio aguarda a definição do outro finalista - Juventude ou Veranópolis (com vantagem para o primeiro). Na próxima terça-feira, 24.04, mesmo dia do show do Testament no Opinião, o Grêmio encara o Cerro Porteño pela Libertadores, precisando de uma vitória para se classificar para a próxima fase.

GRÊMIO: Saja; Patrício, William, Teco e Lúcio; Nunes, Lucas (Sandro, 27/1º), Diego Souza (William Magrão, 35/2º) e Tcheco; Carlos Eduardo (Ramon, 42/2º) e Tuta. Técnico: Mano Menezes.

CAXIAS: Ricardo; Thiago Machado, Michell, Heverton e Jonathas (Endrigo, 17/1º); Willian, Jorge Luiz (Washington, 24/2º), Juninho e Oliveira; Jajá (Eduardo, 32/1º) Lima. Técnico: Edson Gaúcho.

Gols: Patrício (G), aos 12, Tcheco (G), aos 18, e Diego Souza (G), aos 41 minutos do primeiro tempo. Tuta (G), aos 23 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Heverton, Jajá, Eduardo, Thiago Machado, Endrigo (C); Tcheco, Nunes (G). Público: 24.627 (21.891 pagantes). Renda: R$ 255.450.
Arbitragem: Leonardo Gaciba (Fifa), auxiliado por José Carlos Oliveira e Vili Tissot.

Um comentário:

  1. Dá-lhe Gremio, agora é torcer na libertadores.
    Mas temos que garantir o caneco no gauchao.

    Andre

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