De todos os jogos que assisti no Olímpico, talvez esse tenha sido o mais sensacional e dramático. Jamais tinha assistido a uma equipe (Grêmio) atacar outra (Bahia) por mais de uma hora - sendo que no segundo tempo foram 30 min de ataque ininterrupto: um massacre. O jogo também marcou a estréia do novo uniforme (Puma) e da nova campanha de sócios.
O Bahia aproveitou-se melhor dos primeiros 15 min, conseguindo escanteios e incomodando bastante a zaga gremista. Felizmente, contamos com o goleiro Márcio, que foi impecável (é estupendo na bola aérea; acho que depois desse jogo não volta mais pro banco). Com jogadas individuais incríveis do Anderson, o time se firmou e passou ao ataque. Esse Anderson me surpreendeu muito pela força e velocidade. Parece não ter medo de nada. Entra nas divididas e dificilmente perde a posse da bola, mesmo acossado por vários adversários. A atuação de Anderson no 1.º tempo empolgou a todos nós e ao Pedro Ernesto Denardin, que gritava no rádio (não era por menos).
Viola desperciçou uma oportunidade incível, aos pés do Márcio. Mais além, num contra-ataque, Dill perdeu um gol feito (o juiz, de péssima atuação, resolveu não seguir o bandeirinha que havia marcado o impedimento, e validou todo o lance). O final do 1.º tempo foi dramático, com o Grêmio em cima, mediante sucessivas cobranças de escanteio.
No 2.º tempo, não demorou e o Grêmio voltou a atacar com tudo. O Bahia jogou na retranca e fazendo cera, com o regulamento debaixo do braço (bastava o empate). A pressão do Grêmio foi tamanha que depois dos 15 minutos até o final do jogo assistimos ao jogo de pé. Lá pelos 25 min, Samuel furou em bola na cara do gol e desperdiçou uma chance incrível (aliás, com já fizera no último jogo de domingo, contra o Guarani de Venâncio Aires - só que lá o Somália estava em condições de marcar). Mas aos 33 min, Samuel recebeu na grande área um rebote parcial da zaga baiana e, sem marcação, marcou um golaço.
Sobre as atuações individuais, além do Márcio, Anderson e Samuel, que foram brilhantes, quase todos tiveram boa atuação, na base da superação e da garra, como há muito não se via no Grêmio. Tiago Prado conseguiu algumas boas jogadas na zaga. Marcus Vinícius foi sempre eficiente, tranqüilizando a defesa e dando passes em direção ao ataque. Gustavo reteve demais a bola na lateral esquerda; foi bem substituído por Marcinho. Somália foi muito bem marcado o jogo todo, quase não tocou na bola. Nunes começou inseguro e violento, mas depois demonstrou ser um bom volante. Ênio conseguiu algumas boas jogadas e bons passes até sair. Marcelinho, mais uma vez, foi improdutivo.
Domingo, contra o Brasil/Pe, voltaremos.
GRÊMIO: Márcio 1, Luiz Felipe 2, Alessandro 3, Tiago Prado 4, Gustavo 6 (Marcinho 15), Nunes 5, Marcus Vinícius 8, Ênio 10 (Samuel 18), Anderson 11, Marcelinho 7 (Márcio Oliveira), Somália 9. Téc.: De León.
BAHIA: Márcio, Paulinho, Neto, Alisson, Cícero, Fernando Miguel, Magno (Neto Potiguar), Luís Alberto, Guaru (Ernani), Dill, Viola. Técnico: Hélio dos Anjos
Arbitro: Cleber Abade (SP); Auxiliares: José Otávio Bitencourt, André Veras.
Público: 22.202.
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