quarta-feira, 27 de abril de 2011

Grêmio 1x2 Universidad Catolica (Copa Libertadores 2011, Oitavas de final, Estádio Olímpico, 26.04.2011, 19h30min)

No encerramento da fase de grupos da Libertadores 2011 o Grêmio perdeu a chance de ser o primeiro na sua chave ao perder bisonhamente por 3x0 para o Oriente Petrolero na Bolívia, pois com o empate do Junior de Barranquilla em casa contra o Leon de Huánaco, bastaria ter vencido o fraco adversário. O time de Renato bem poderia ter vencido o jogo, mas a zaga, que tem se especializado em falhar em todos os jogos, comprometeu e entregou o placar elástico.

Para as oitavas de final ficou decidido que o Grêmio enfrenta o Universidad Católica e o Inter pega o Peñarol, e aí, se tudo der certo, tem Grenal nas quartas de final, o que eu chamaria de "Grenal da história" ou "Grenal de todos os tempos".

Paralelamente, no Gauchão, o Grêmio avança e enfrentará o Inter de Falcão na decisão do 2.º turno. Se o Grêmio vencer é campeão gaúcho por já ter conquistado o 1.º turno; se der Inter, teremos mais 2 Grenais para decidir o título regional. Tudo isso já atiçou a imprensa gaúcha quanto à possibilidade de 5 Grenais nas próximas semanas.

O início de tudo, porém, dependia de uma boa jornada do time de Renato contra o Universidad Católica, no jogo de ida das oitavas de final, que se realizaria no Estádio Olímpico.

Com o horário - agora tradicional - das 19h30min, me antecipei e conseguimos chegar com tranquilidade.

Com a bola rolando, o Grêmio começou atacando. O gol não saia, o Universidad equilibrou, e Borges foi expulso, flagrado pelo bandeirinha. A coisa complicou de vez com o gol do time visitante, aproveitando uma falha previsível da zagra gremista. Vale dizer que sem Victor, Bruno Collaço, Lúcio e Rodolfo, as coisas não melhoraram nem pioraram com Marcelo Grohe, Gílson, William Magrão e Neuton. André Lima é outro que se contundiu com gravidade, e a esperança acaba recaindo sobre o jovem Leandro, que se destacou em jogos do Gauchão com vários gols em poucos jogos.

Perdendo com um a menos o jogo se resume àquilo que estamos acostumados: jogar na superação, apoiado na imortalidade. O gol de empate não veio no primeiro tempo, embora a pressão dos minutos finais.

O gol de empate veio no segundo tempo, quando já achava que as coisas estavam perdidas. Douglas acertou um golaço de fora da área.



Parecia que meu palpite de 2x1 se confirmaria. Só que a bola foi perdida no meio campo, e o Universidad armou um contraataque de 2 contra uns 4 e conseguiu fazer um gol de cabeça, sem marcação, na pequena área. Não sei quem foi, se Neuton ou Rafael Marques, mas alguém falhou de não ter marcado o cara que se infiltrou livre.

Evidente que a arbitragem foi irritante - para dizer o mínimo - ao não marcar faltas e deixar a pancadaria rolar em desfavor do time da casa. Queria um árbitro como aquele que marcou pênalti a favor do Fluminense, na casa dos Argentinos Jrs, aos 43min do segundo tempo, sendo que o gol decidiria quem passaria para a fase seguinte.

A derrota foi lamentável. Ainda impressiona o relato que li na ZH de que o time viajou em alto astral para a Bolívia, mas só falando de amenidades, e não de Libertadores, tanto na ida quanto na volta da desastrosa atuação contra o Oriente Petrolero. Parece-me que falta concentração: há um tempo atrás Renato não queria viajar para os jogos no interior pelo Gauchão 2011; depois o cara se meteu num rígido cronograma para ganhar uns trocados por uma participação em torneio de futevölei no RJ, na véspera de um jogo importante contra o Juventude (perdeu, de virada, por 3x2, e com isso não teve nenhuma vantagem nos jogos do mata-mata do 2.º turno do Gauchão 2011). Além disso, Carlos Alberto foi liberado de alguns jogos importantes sob alegação de problemas particulares (a imprensa valorizou bastante isso e cogitou se não era problemas com o grupo); mais recentemente, Mário Fernandes perdeu treinos e não foi relacionado como punição. Parece-me que nesta temporada não foi reunido um grupo com espírito vencedor.

Como disse o Renato, nem tudo está perdido, sendo certo que o Grenal pode reabilitar o grupo para o jogo de volta contra o Universidad, no Chile, no qual só uma vitória elástica interessa.

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Gabriel, Rafael Marques, Neuton e Gilson (Escudero); Rochemback, Willian Magrão (Lins), Adilson e Douglas; Leandro (Carlos Alberto) e Borges. Técnico: Renato.

UNIVERSIDAD CATÓLICA: Garcés; Valenzuela, Henríquez, Martínez e Eluchans; Ormeño, Silva (F. Gutiérrez), Meneses, Costa (Sepulveda) e Cañete (Villanueva); Pratto. Técnico: Juan Antonio Pizzi

Gols: Pratto (U), aos 28min, no 1º tempo; Douglas (G), aos 13min, e Pratto, aos 28min, no 2º tempo. Cartões amarelos: Martínez, Eluchans, Valenzuela, Costa e Silva (U); W. Magrão e Adilson (G). Arbitragem: Nestor Pitana, Hernan Maidana e Alejo Castany (trio argentino). Pagante: 31.559; Não pagante 3.542; Total: 35.101 / Renda: R$ 766.807,50

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